Economia

Pimentel vê necessidade de medidas para o câmbio

Segundo ele, "o sinal amarelo está aceso" e será preciso tomar medidas adicionais

Pimentel disse que, embora seja problema para as exportações, a valorização da moeda brasileira não deve mudar de patamar (Antonio Cruz/ABr)

Pimentel disse que, embora seja problema para as exportações, a valorização da moeda brasileira não deve mudar de patamar (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 16h53.

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, revelou hoje, em almoço com empresários portugueses na capital paulista, preocupação com o câmbio. "O sinal amarelo está aceso", disse ele, citando que a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras no exterior não foi suficiente para reduzir as despesas de brasileiros no exterior. "Vamos ter de tomar medidas adicionais", afirmou o ministro. "No longo prazo, só tem uma forma de barrar a entrada de recursos: é reduzir a taxa de juros", reiterou, referindo-se à forte entrada de investimentos estrangeiros atraídos pelas altas taxas pagas no Brasil.

No evento promovido pela Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil o ministro falou também sobre a crise econômica que atinge os Estados Unidos e países da União Europeia, destacando a posição confortável e sólida do Brasil. De acordo com o ministro, a economia brasileira está sólida o suficiente para que essa decisão (redução na taxa de juros) possa ser tomada. "A economia brasileira é sólida o suficiente para iniciar uma trajetória de redução de juros", enfatizou.

Ainda na palestra a empresários portugueses, Pimentel disse que, embora seja problema para as exportações, a valorização da moeda brasileira não deve mudar de patamar. Segundo ele, o grande problema do setor, hoje, é a perda de competitividade com o mercado asiático. "Temos de recuperar nossa competitividade, sem contar com a ferramenta do câmbio e contando com o aproveitamento dos nossos recursos naturais e com a competição oriunda da inovação", disse.

Ao empresariado português, o ministro recomendou que Brasil e Portugal, que possuem uma história em comum com a África, se unam para entrar no continente africano e disputar espaço com os chineses, já que o país asiático tem tido grande participação naquele mercado para a produção de commodities.

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