Economia

Pimentel defende índice de nacionalização de veículos

Segundo o ministro Fernando Pimentel, algumas empresas que querem se estabelecer no Brasil têm sugerido alteração no índice de nacionalização das empresas entrantes

 A produção da Toyota voltará ao normal no resto dos países a partir de agosto (Yoshikazu Tsuno/AFP)

A produção da Toyota voltará ao normal no resto dos países a partir de agosto (Yoshikazu Tsuno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 15h55.

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou hoje que "neste momento" não está pensando em fazer mudanças nos índices de nacionalização exigidos dos carros importados. Recentemente, o governo anunciou aumento de 30 pontos porcentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis e caminhões que não cumprirem um conjunto de exigências como utilizar, na média da empresa, 65% de peças fabricadas no Mercosul. "Nesse momento nós não estamos pensando em fazer nenhuma mudança", afirmou Pimentel que participou de reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial.

Pimentel disse que mudanças não estão sendo discutidas, porém, algumas empresas que querem se estabelecer no Brasil têm procurado o governo e sugerido alteração no índice de nacionalização das empresas entrantes. "Nós estamos abertos a propostas e sugestões. Mas nesse momento nós não estamos pensando em fazer nenhuma mudança", frisou.

O ministro fez questão de frisar que o Brasil respeita os acordos internacionais assinados. "Nós temos acordos automotivos com a Argentina, México e Uruguai. Nós temos que respeitar os acordos", destacou o ministro. "Os índices de nacionalização que estão sendo exigidos contemplam também os carros produzidos dentro do acordo automotivo da Argentina, México e Uruguai. Não vejo nenhum prejuízo para indústria brasileira porque esses carros são produzidos com autopeças fabricadas no Brasil", frisou o ministro.

Segundo ele, a medida adotada pelo governo federal teve como objetivo incentivar a produção nacional. "Significa que nós queremos atrair mais empresas para o Brasil. Não estamos proibindo ninguém de vir, pelo contrário, queremos que venham produzir aqui. O que estamos fazendo é tendo cuidado com nosso mercado interno para que ele não seja ocupado apenas pela produção externa. Queremos que seja ocupado pela produção interna", afirmou Pimentel.

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