Economia

PIB estagnou em abril ante março, diz Serasa Experian

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o índice avançou 0,8%

No acumulado de 12 meses, a alta foi de 1,7% ante o mesmo período de 2011 (Stock.xchng)

No acumulado de 12 meses, a alta foi de 1,7% ante o mesmo período de 2011 (Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 10h33.

São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento nulo em abril ante março e alta de 0,6% na comparação com abril do ano passado, de acordo com o Indicador de Atividade Econômica, divulgado nesta segunda-feira pela Serasa Experian. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o índice avançou 0,8%. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 1,7% ante o mesmo período de 2011, taxa menor do que a verificada em março, de 1,9%, na mesma base de comparação. Todos esses resultados foram ajustados sazonalmente.

Do ponto de vista da oferta agregada, o baixo desempenho do PIB em abril foi justificado pela queda de 2,6% sobre março e de 0,6% ante abril de 2011 na atividade produtiva do setor industrial. No ano, a indústria acumula queda de 0,1% e, em 12 meses, registra pequena alta de 0,6%. De acordo com a Serasa Experian, o setor está mais vulnerável à crise financeira internacional.

A agropecuária subiu 0,5% ante março, mas o resultado representa um recuo de 8,1% sobre o mesmo mês do ano passado. Em serviços, houve alta de 0,4% na comparação mensal e de 2,1% na anual. No ano, esses dois setores acumulam, respectivamente, queda de 8,4% e alta de 1,7%. No acumulado de 12 meses encerrados em abril, a atividade agrícola cai 0,4% e a de serviços sobe 2%.

Pelo lado da demanda agregada, a atividade econômica do País só não recuou em abril porque o consumo das famílias cresceu 0,4% em relação a março e 2,3% sobre abril de 2011. Este item acumula alta de 2,5% no ano e de 3% em 12 meses. Exceto importações (2%), todos os outros itens apresentaram recuo em abril ante março: consumo do governo (-0,5%), investimentos (-0,6%) e exportações (-4,2%).

"O consumo das famílias tem sido o principal componente dinâmico da economia, impulsionado pelas baixas taxas de desemprego e pelos ganhos reais de rendimentos, já que as altas da inadimplência e do endividamento dos consumidores têm reduzido a eficácia do crédito em concretizar impulsos adicionais à atividade econômica", afirma, em nota, a Serasa Experian.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoCrise econômicaCrises em empresasDesenvolvimento econômicoEmpresasempresas-de-tecnologiaExperianIndicadores econômicosPIBSerasa Experian

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor