Economia

Petros espera saldo positivo em 2015 com aposta em títulos

O fundo de pensão dos funcionários da Petrobras espera superávit em 2015, apostando em maior participação em títulos públicos


	Petrobras: a ideia da Petros para atender a meta atuarial de 2015 é aumentar a participação em títulos públicos dos atuais R$ 20 bilhões para R$ 24 bilhões
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Petrobras: a ideia da Petros para atender a meta atuarial de 2015 é aumentar a participação em títulos públicos dos atuais R$ 20 bilhões para R$ 24 bilhões (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 21h30.

Rio de Janeiro - O fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, Petros, espera ter superávit em 2015, apostando em maior participação em títulos públicos, disse o diretor de investimentos da caixa de previdência, Lício Raimundo, nesta quarta-feira.

Segundo ele, a ideia da Petros para atender a meta atuarial de 2015 é aumentar a participação em títulos públicos dos atuais 20 bilhões para 24 bilhões de reais. A carteira total da Petros é de cerca de 68 bilhões de reais, sendo que 37 por cento são aplicações em renda fixa e, desse montante aproximadamente 80 por cento são títulos públicos.

"Vamos tirar de um lado para colocar em título público (...)podemos diminuir exposição em bolsa, por exemplo, ou em operações compromissadas", disse Raimundo.

A aposta da Petros se deve à alta da Selic e à perspectiva de trajetória de alta da taxa básica de juros em razão do avanço da inflação.

"Essa é uma excelente oportunidade que não vamos desperdiçar. Vamos em título público federal, NTN-B. O juros real está em 6,5 por cento e isso já me dá vantagem. Ele também é um título indexado ao IPCA. Se o IPCA for a 8,20 ou 8,30 por cento; estou no jogo", disse ele a jornalistas em evento da Abvcap, associação brasileira de private equity e capital de risco.

"Por esses motivos vamos carregar mais em títulos públicos e nossa intenção é reequilibrar carteira com mais títulos públicos que outros investimentos. Acho que assim dá para fechar no positivo, se não aparecer nenhum passivo do passado como nos últimos dois anos”, acrescentou ele.

A meta atuarial da Petros para esse ano é IPCA mais 5,5 a 5,63 por cento, de acordo com Raimundo.

OAS O executivo da Petros comentou que nesta quarta-feira, o fundo de pensão participou de um reunião com representantes do OAS sobre a venda da participação da empreiteira do grupo na empresa de concessões de infraestrutura Invepar. A Petros detém 25 por cento de participação na Invepar, enquanto a OAS possui fatia de 24,4 por cento.

A OAS é uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato e está em recuperação judicial.

"Foi uma reunião excelente (...) é um ativo sensacional (a Invepar) e de alto valor", disse Raimundo.

O executivo da Petros afirmou que a canadense Brookfield é uma das interessadas na compra da participação da OAS na Invepar.

"Já andou circulando nome a respeito de um proponente pelo menos, que é a Brookfield, esse é por ora o que nós ouvimos falar via OAS", disse Raimundo durante o evento. Representantes da Brookfield não puderam ser contatados de imediato.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasFundos de investimentoFundos de pensãoGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoPetros

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação