Economia

Paraguai diz que abertura ao exterior o salvou de uma crise econômica

A ministra da Fazenda afirmou que a diversificação das relações comerciais fez com que o país escapasse das crises como as sofridas no Brasil e na Argentina

O FMI prevê um aumento de 4,5% do produto interno bruto do Paraguai (Mario Valdez/Reuters)

O FMI prevê um aumento de 4,5% do produto interno bruto do Paraguai (Mario Valdez/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de maio de 2018 às 15h10.

Paris - A ministra da Fazenda do Paraguai, Lea Giménez, afirmou nesta segunda-feira que com a crescente abertura ao exterior e a diversificação das relações comerciais o país conseguiu escapar das crises como as sofridas pelos dois principais parceiros, Brasil e Argentina.

"Encontramos mercados alternativos que serviram como um amortecedor", destacou a ministra em entrevista à Agência Efe em Paris, onde participa da décima edição do Fórum Econômico Internacional sobre a América Latina e o Caribe.

Giménez disse que "o Paraguai nos últimos cinco anos soube se desajustar da Argentina e do Brasil" para evitar sofrer as crises que afetam os dois vizinhos.

Perguntada se o Paraguai está sendo afetado pela fuga de capitais da Argentina que transtornou o mercado de divisas após a alta das taxas de juros pelo Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), ela afirmou que não há "um incômodo particular" e que não se vê um refluxo dos investimentos.

De acordo com a ministra, frente aos "desafios estruturais" no Brasil pelo sistema tributário e institucional e de custos administrativos para as empresas, o Paraguai oferece um dispositivo tributário mais simples e facilidades para a criação de empresas.

Daí o desenvolvimento de maquiladoras em território paraguaio, cuja produção é destinada ao mercado brasileiro. Nas palavras de Giménez, "o pilar econômico fundamental do Paraguai é a sua estabilidade".

A titular da Fazenda lembrou que no mês passado o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou em alta as previsões de crescimento do Paraguai para este ano, de modo que se espera um aumento de 4,5% do produto interno bruto.

A ministra se mostrou confiante que União Europeia e Mercosul estão "às portas de um acordo" de livre-comércio, levando em conta os últimos compromissos, em particular sobre a carne.

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