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Para Santander, BC não quis se comprometer com nova alta

Economista do banco afirmou que a decisão de mudar o comunicado "é um desejo de não se comprometer com a continuidade com nova alta"

Placa do Santander: para economista do banco, se comunicado não fosse alterado o BC estaria sinalizando uma probabilidade maior de uma nova elevação (Phil Noble/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 21h19.

São Paulo - O economista-chefe do banco Santander , Mauricio Molan, afirmou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de mudar o comunicado "é um desejo de não se comprometer com a continuidade com nova alta da Selic ". O BC anunciou nesta quarta-feira, 2, a elevação da taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, para 11% ao ano, e informou que a alta refletia uma decisão da situação "neste momento".

Para Molan, se o comunicado não fosse alterado o BC estaria sinalizando uma probabilidade maior de uma nova elevação. "Agora pode sinalizar que o ajuste está perto do fim". O economista pondera que o BC foi bastante claro ao afirmar que vai continuar observando os indicadores para futuras decisões. "Se os dados não se mostrarem em linha, pode muito bem haver um novo ajuste da Selic em maio", avaliou.

Essa nova elevação, na avaliação de Molan, ainda é "provável" e depende do cenário de inflação e, principalmente, do comportamento cambial até a próxima reunião. "O câmbio vai ser uma variável-chave para se definir se haverá novos ajustes", explicou. Segundo o economista, se a depreciação do real voltar a taxas entre R$ 2,35 e R$ 2,40 haverá uma "pressão maior" para um novo aumento de juros.

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Para Molan, se o comunicado não fosse alterado o BC estaria sinalizando uma probabilidade maior de uma nova elevação. "Agora pode sinalizar que o ajuste está perto do fim". O economista pondera que o BC foi bastante claro ao afirmar que vai continuar observando os indicadores para futuras decisões. "Se os dados não se mostrarem em linha, pode muito bem haver um novo ajuste da Selic em maio", avaliou.

Essa nova elevação, na avaliação de Molan, ainda é "provável" e depende do cenário de inflação e, principalmente, do comportamento cambial até a próxima reunião. "O câmbio vai ser uma variável-chave para se definir se haverá novos ajustes", explicou. Segundo o economista, se a depreciação do real voltar a taxas entre R$ 2,35 e R$ 2,40 haverá uma "pressão maior" para um novo aumento de juros.

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