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Palocci sugere meta fiscal de longo prazo

Ministro diz que meta fiscal e carga tributária precisam ser de longo prazo em vez de mudar de um ano para outro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 21h00.

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, enfatizou hoje (17/5) a necessidade de que alguns compromissos fiscais como manutenção da carga tributária e dos gastos do governo estejam acima de qualquer discussão ideológico-partidária. Durante um evento hoje, em São Paulo, Palocci voltou a sugerir que a sociedade civil e o Poder Legislativo discutam, juntos, uma política fiscal de longo prazo.

Segundo o ministro, o pontapé inicial já foi dado pelo presidente Lula, que sugeriu metas de até três anos no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviada ao Congresso Nacional.

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"Chegou a hora de realizar uma consolidação fiscal no país. E isso não depende de um governo apenas. É assunto que precisa ser discutido entre os partidos políticos, inclusive os da oposição", disse o ministro, logo após ter participado de um seminário sobre as relações comerciais entre Brasil e Portugal.

Críticas

Sobre as reclamações de alguns setores da economia principalmente de exportadores de que a atual política cambial estaria sendo dura demais, Palocci respondeu que "a polêmica é legítima", mas que o câmbio flutuante tem sido a melhor solução não apenas no Brasil.

"O governo não pode buscar um câmbio para agradar a todos os setores da economia, o tempo todo. O 'diabo' do câmbio flutuante é que ele flutua", diz o ministro.

Palocci rebateu críticas sobre a tendência de alta dos juros que, para alguns economistas, não vem fazendo o efeito esperado, principalmente nos índices de inflação ao consumidor (IPCA). "Tanto está fazendo efeito que tem gente reclamando do contrário. Quando ouço críticas de lados opostos tendo a achar que estamos no ponto certo."

A principal arma contra a inflação, porém, tende a aparecer no médio e longo prazos, segundo o ministro. A pressão sobre os preços irá baixar quando o país finalmente estabelecer um compromisso fiscal que vá além de um único governo. Segundo ele, o empresário sabe lidar com o câmbio flutuante, mas é impossível sobreviver com um futuro duvidoso.

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