Economia

Palocci diz que;superávit primário é decisão do governo, e não do FMI

O ministro da Fazenda Antonio Palocci afirmou nesta terça-feira (30/3) que a meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto foi decidida pelo governo - e não uma exigência do Fundo Monetário Internacional. "Nós estabelecemos este superávit porque acreditamos que é a melhor forma para melhorar a dinâmica da dívida pública e de trabalharmos com juros […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.

O ministro da Fazenda Antonio Palocci afirmou nesta terça-feira (30/3) que a meta de superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto foi decidida pelo governo - e não uma exigência do Fundo Monetário Internacional. "Nós estabelecemos este superávit porque acreditamos que é a melhor forma para melhorar a dinâmica da dívida pública e de trabalharmos com juros cada vez menores", disse o ministro em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Palocci afirmou ainda que o superávit primário de 4,25% deve permancer por "muitos anos".

Em sua exposição ao Senado, o ministro afirmou que o país precisa fortalecer sua musculatura econômica e que isso só acontecerá com a manutenção da atual política macroeconômica, investimentos, inovação tecnológica e expansão saudável do crédito. "Esses elementos precisam ser parte do conjunto do esforço que o país realiza para dar musculatura à economia", disse o ministro em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. "Só assim o Brasil vislumbrará um futuro de crescimento e de estabilidade de longo prazo."

Sobre as divergências no governo, Palocci que encara as pressões como um estímulo para que se faça mais e melhor. "Triste do governo que não tem visões diferentes", afirmou. Para o ministro, é importante que as críticas e reivindicações sejam consideradas como coisas sadias e positivas. Ele ressaltou, no entanto, que é preciso "olhar a distância entre a nossa vontade e a realização dos objetivos". "O Brasil já tentou queimar etapas em outra oportunidade, de boa fé, buscando objetivos vigorosos em tempo curto, e os resultados nunca foram positivos, infelizmente."

O ministro afirmou ainda que, em 2003, os objetivos do governo eram a redução das taxas reais de juros do mercado para minimizar os efeitos da crise de 2002; a retomada da economia doméstica; o alongamento da dívida pública; a garantia de sustentabilidade das contas públicas; e o ajuste das bases para o crescimento em 2004 e nos anos seguintes. "A responsabilidade fiscal, o equilíbrio das contas públicas, a garantia que o país dá de que suas contas serão ordenadas ao longo do tempo é o que pode dar aos agentes econômicos, aos empresários e trabalhadores, aos investidores nacionais e estrangeiros, a certeza de que é possível apostar no crescimento do país ao longo do tempo", disse ele.

Com informações da Agência Senado

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Chinesa GWM diz a Lula que fábrica em SP vai produzir de 30 mil a 45 mil carros por ano

Consumo na América Latina crescerá em 2025, mas será mais seletivo, diz Ipsos

Fed busca ajustes 'graduais' nas futuras decisões sobre juros