Economia

Palocci admite que PT errou ao condenar LRF em 2000

Brasília - O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, respondeu às críticas feitas hoje pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em relação à postura adotada pela bancada do PT em 2000, contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Foi um erro cometido, mas pagamos o nosso erro com a excelente gestão fiscal que fizemos […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 20h47.

Brasília - O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, respondeu às críticas feitas hoje pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em relação à postura adotada pela bancada do PT em 2000, contra a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Foi um erro cometido, mas pagamos o nosso erro com a excelente gestão fiscal que fizemos no nosso governo", disse Palocci, durante apresentação no seminário sobre os 10 anos de vigência da LRF, em Brasília.

O atual deputado federal afirmou ser contrário a modificações na legislação. "Temos que melhorar a qualidade da política (fiscal) e não mudar de legislação, já que há riscos de mudar para pior", disse. Segundo ele, existe uma série de projetos de lei no Congresso prevendo alterações na LRF e que, apesar das "boas intenções", poderiam acabar com o Tesouro Nacional.

Durante o seminário, Palocci iniciou seu discurso rebatendo afirmações do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) feitas momentos antes, no mesmo evento, de que os verdadeiros dados relativos à dívida pública brasileira são camuflados pelo governo. "Não quero fazer debate político, mas quero dar outra versão parlamentar", afirmou Palocci.

Segundo ele, a colocação de Dias foi equivocada porque o Brasil é reconhecido internacionalmente hoje pela transparência na divulgação de seus dados. "Manipulação e camuflagem dos números fiscais do Brasil no subterrâneo do Banco Central... Fiquei procurando onde surgiu um pensamento desse tipo", disse.

Avanço institucional
Para o deputado, a conquista obtida pelo País não deve ser atribuída apenas ao atual governo, mas deve ser vista como consequência de um avanço institucional. "O Poder Judiciário também avançou, mas quando falam dos subterrâneos do Banco Central... Quando fui ao subterrâneo do Banco Central só vi pinturas de grande valor", brincou.

Palocci afirmou que fez questão de apresentar seu ponto de vista porque os dois palestrantes são provenientes do Congresso. "Se não (falar), pode parecer que o Parlamento tem uma visão meio estranha", disse. "As mudanças vieram desse Parlamento", continuou. Para Palocci, assim como a entrada em vigor da LRF, os acordos de dívidas com o Estados foram instrumentos muito importantes para o Brasil. "Além disso, a adoção de critérios de transparências, que foram acentuados com a lei."

Confira a cobertura ao vivo dos dez anos da Lei de Responsabilidade Fiscal

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAntonio PalocciDados de BrasilFiscalizaçãoGestão públicaMinistério da Casa CivilPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE