Economia

OMS: desigualdades sociais aumentaram nos países ricos

Organização também concluiu que presença de diversas doenças está diminuindo em países em desenvolvimento

Chan: "No ano passado, muitos países se deram conta de que estavam perdendo suas classes médias, o fundamento da democracia e da produtividade econômica" (Peter Parks/AFP)

Chan: "No ano passado, muitos países se deram conta de que estavam perdendo suas classes médias, o fundamento da democracia e da produtividade econômica" (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 14h40.

Genebra - As desigualdades sociais nos países ricos aumentaram, enquanto que nas regiões em desenvolvimento está retrocedendo a incidência de inúmeras doenças, afirmou nesta segunda-feira Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Em alguns países ricos, a diferença da qualidade de vida entre as gerações de mais idade e os jovens de hoje é a maior jamais registrada", declarou Chan ao abrir a reunião do conselho de administração desta agência da ONU.

"No ano passado, muitos países se deram conta de que estavam perdendo suas classes médias, o fundamento da democracia e da produtividade econômica", destacou a chefe da OMS, pedindo, inclusive, que sejam cumpridos os compromissos em termos de saúde pública.

Em seu discurso, Chen citou um relatório recente da OCDE que mostra que as desigualdades e rendas nos países ricos alcançaram seu maior nível em quase 25 anos.

Chan também comentou que na primeira década do século XXI, as epidemias de AIDS e de tuberculose iniciaram um lento retrocesso, depois de alcançar um nível máximo de incidência.

Quanto à mortalidade infantil, indicou que esta caiu abaixo dos 10 milhões de casos pela primeira vez em quase 60 anos.

Se em 1990 ocorreram 12 milhões de mortes de crianças com menos de cinco anos, em 2010 foram 7,6 milhões, de modo que caíram mais de 40%, destacou a funcionária. Na África subsahariana, no entanto, a taxa de mortalidade de crianças de menos de cinco anos se acelerou, segundo a OMS.

Da mesma forma, começou a cair o número de mães mortas durante o parto, "a estatística mais chocante em termos de saúde pública", segundo Chan.

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