O problema (e solução) da infraestrutura segundo Procee, do Banco Mundial
Planos do setor costumam ser uma grande lista de projetos que não são baseados necessariamente em avaliações de impacto de longo prazo
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Paul Procee, líder para infraestrutura no Brasil do Banco Mundia (Fecomercio/Reprodução)
Publicado em 2 de dezembro de 2018, 08h00.
Última atualização em 2 de dezembro de 2018, 08h00.
São Paulo - Sem dinheiro, sem planejamento e sem transparência: eis o estado da infraestrutura no Brasil. Mas a questão tem solução.
É o que mostra Paul Procee, líder para infraestrutura do Banco Mundial no Brasil, em entrevista da série “Brasil: ponto de partida?”, parceria da plataforma UM BRASIL, uma iniciativa da Fecomercio SP, com o Centro de Liderança Pública (CLP).
A série é parte do Projeto Visão Brasil 2030, idealizado em 2013 e que tem como objetivo pensar soluções para o país, em áreas prioritárias como saúde, educação e segurança pública, entre outras.
O investimento do Brasil em infraestrutura é de aproximadamente 2% do PIB desde os anos 1990, muito abaixo de economias emergentes grandes como a Índia e a China, que investem entre 4% e 7% do PIB no setor.
A crise fiscal impede que o setor púbico resolva o problema sozinho, e para atrair o setor privado é necessário reduzir a imprevisibilidade e ter prioridades claras.
Procee diz que os planos governamentais costumam ser uma grande lista de projetos que não são baseados necessariamente em avaliações de impacto econômico e social de longo prazo.
Sobre os licenciamentos, ele aponta que a solução não é ignorar fatores sociais e ambientais e sim mapeá-los de forma clara desde o início do projeto para que a melhor alternativa seja definida.
"O Brasil é um país com grandes recursos naturais e investidores de fora sabem disso muito bem, e até o setor privado que vem pra cá não quer ser visto lá fora como alguém que vai criar maiores problemas ambientais", diz ele.
Na questão dos transportes, a diversificação e o uso de alternativas como cabotagem e hidrovias ajudariam a diminuir a dependência do modal rodoviário, que se mostrou um gargalo importante no episódio da greve dos caminhoneiros.
Veja a entrevista completa, antecipada com exclusividade para EXAME:
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