Economia

Geração de emprego formal tem pior abril desde 1999

Segundo o Ministério do Trabalho, o país fechou 97.827 vagas formais de trabalho em abril, o pior resultado para o mês da série histórica


	Desemprego: resultado de abril foi influenciado sobretudo pelo fechamento de postos de trabalhos na indústria
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Desemprego: resultado de abril foi influenciado sobretudo pelo fechamento de postos de trabalhos na indústria (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 16h23.

São Paulo - O Brasil fechou 97.827 vagas formais de trabalho em abril, pior resultado para o mês na série histórica e frustrando de longe as expectativas de analistas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira.

Pesquisa da Reuters mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 54 mil empregos. A série histórica do Ministério do Trabalho vai até maio de 1999.

Em março, haviam sido criados 19.282 postos com carteira assinada, sem ajustes.

O resultado de abril foi influenciado sobretudo pelo fechamento de postos de trabalhos nos setores de indústria de transformação, construção civil, comércio e serviços.

Dez dos doze segmentos da indústria de transformação apresentaram desempenho negativo no período.

No acumulado do primeiro quadrimestre do ano houve demissão líquida de 137.004 trabalhadores com carteira assinada.

O mercado de trabalho mostra neste ano maior desaceleração na oferta de vagas com carteira assinada em movimento convergente com a persistente fraqueza da economia e em contexto marcado por forte ajuste fiscal posto em prática pelo governo para reequilibrar as contas públicas.

Em abril, a taxa de desemprego do Brasil ficou em 6,4 por cento, atingindo o maior nível em quase quatro anos e no quarto aumento consecutivo, segundo dados do IBGE.

Desde o início do ano o mercado de trabalho vem mostrando recorrente esgotamento, com aumento da procura por emprego e menor criação de postos ou demissões em vários setores, em uma conjuntura econômica caracterizada também por inflação alta e aperto monetário.

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