Economia

Brasil cai 6 posições em ranking de competitividade

O país ficou no 44º lugar do World Competitiveness Yearbook

Queda reflete o aumento no custo de vida das famílias e a piora na eficiência da economia brasileira (Getty Images)

Queda reflete o aumento no custo de vida das famílias e a piora na eficiência da economia brasileira (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 10h50.

São Paulo - Depois de registrar melhoras consecutivas desde 2007, o Brasil ficou menos competitivo no ano passado. O País caiu seis posições no Índice de Competitividade Mundial 2011 (World Competitiveness Yearbook), ficando no 44.º lugar. A queda reflete o aumento no custo de vida das famílias e a piora na eficiência da economia brasileira.

"É um alerta", disse o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, responsável pelo capítulo brasileiro do estudo. "O relatório não é conclusivo, mas permite identificarmos movimentos." O estudo é coordenado pelo International Institute for Management Development (IMD).

Arruda chamou atenção para quatro pontos: o aumento do crédito, que estaria levando a um endividamento excessivo dos consumidores; a alta da inflação, que já começou a ser sentida pelas famílias no ano passado; a valorização do câmbio, que tira competitividade do País lá fora; e a perda da eficiência na produção, que pode ser um sinal de desindustrialização do Brasil.

O País cresceu em empregos no ano passado, mas isso, paradoxalmente, acabou tendo impacto negativo na produtividade e na eficiência, fazendo com que o País caísse do 28.º lugar para o 52.º. "Foram criados empregos em atividades de baixo valor agregado", explicou Arruda. Apesar da crise, os Estados Unidos, que haviam ficado em terceiro lugar no ranking anterior, subiram para o primeiro, empatados com Hong Kong. Em seguida, aparecem Cingapura (que liderou a lista no ano anterior) e Suécia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilInflação

Mais de Economia

Empresas brasileiras e chilenas devem anunciar R$ 82 bilhões em investimentos, diz Apex

Boletim Focus: mercado eleva projeções do IPCA para 2024 e 2025; Selic de 2025 também avança

Plano Real, 30 anos: Qual o legado e o futuro da moeda? Veja episódio final da série da EXAME

Lula negocia com Latam compra de 9 aviões da Embraer; aérea deve anunciar aporte de R$ 11 bi no país

Mais na Exame