Economia

Emprego da indústria de SP recua 1,14% em abril, diz Fiesp

Recuo é na comparação com ajuste sazonal. Sem esse ajuste, o avanço foi de 0,55% no mesmo período

Informação é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

Informação é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 12h03.

São Paulo - O Índice de Nível de Emprego da Indústria de São Paulo caiu 1,14 por cento em abril frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Sem ajuste sazonal, o avanço foi de 0,55 por cento no mesmo período. E na comparação com abril do ano passado, o resultado mostrou baixa de 3,16 por cento, acrescentou a Fiesp.

O indicador de nível de emprego é produzido mensalmente pela Fiesp e se baseia na resposta de questionários enviados a empresas e sindicatos ligados à indústria de transformação, com o objetivo de medir contratações e demissões no estado de São Paulo.

O setor industrial vem mostrando dificuldades para crescer, mesmo após o governo ter divulgado medidas de estímulos. Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o emprego na indústria brasileira caiu 0,4 por cento em março sobre fevereiro, recuando 1,2 por cento na comparação com igual mês de 2011.

Recentemente, o governo anunciou um pacote com medidas para estimular o setor industrial, que envolveu desde desoneração da folha de pagamentos para alguns segmentos até a capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 45 bilhões de reais.

Um real mais desvalorizado, outro ponto de atenção para a indústria por desestimular o avanço de importados e facilitar a comercialização de artigos brasileiros no exterior, também tem sido registrado nas últimas semanas.

O câmbio, neste momento, pode ajudar a atividade. Na segunda-feira, o dólar chegou a ultrapassar a barreira de 2 reais -sua maior cotação intradia em quase três anos-, fechando a 1,9899 real na venda, ajudando a melhorara a competitividade das exportações.

O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que a alta do dólar beneficia a indústria brasileira diante da concorrência mais acirrada de produtos importados.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, avaliou também na segunda-feira que a combinação entre dólar mais elevado e juros mais baixos pode dar novo fôlego à indústria brasileira e abrir espaço para se pensar em novos investimentos e contratações.

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