Economia

Diretora do Banco Mundial defende globalização

Kristalina Georgieva também elogiou a China por seu compromisso com as reformas econômicas e os mercados abertos

Kristalina Georgieva: "os mercados abertos, o comércio e a divisão de trabalho têm funcionado extremamente bem para os países mais pobres" (Shailesh Andrade/Reuters)

Kristalina Georgieva: "os mercados abertos, o comércio e a divisão de trabalho têm funcionado extremamente bem para os países mais pobres" (Shailesh Andrade/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2017 às 10h29.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 10h33.

Pequim - A diretora-gerente recém-nomeada do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, fez uma vigorosa defesa da globalização durante sua primeira visita oficial à China, dizendo que ela ajudou países mais ricos e mais pobres e que a integração econômica dificulta que qualquer nação se afaste.

Kristalina, búlgara que assumiu o cargo no banco de desenvolvimento multilateral no início deste ano, também elogiou a China por seu compromisso com as reformas econômicas e os mercados abertos.

"Os mercados abertos, o comércio e a divisão de trabalho têm funcionado extremamente bem para os países mais pobres", disse ela à Reuters em entrevista na segunda-feira.

Mas os países mais ricos também se beneficiaram do aumento da classe média, que está exigindo mais exportações de economias avançadas, disse Kristalina, ex-vice-presidente da Comissão Europeia.

Na Alemanha, no fim de semana, ministros das Finanças e autoridades de banco centrais das nações do G20 retiraram uma promessa anterior em seu comunicado para manter o comércio global livre e aberto, ratificando uma administração cada vez mais protecionista dos Estados Unidos.

Kristalina pediu uma "conversa inteligente e calma" para compartilhar os benefícios da globalização de forma mais ampla.

Alertando sobre as políticas protecionistas, ela disse que todos os países serão prejudicados se décadas de integração e interdependência forem desfeitas.

Em vez de erguer barreiras comerciais, as economias devem encorajar a competição, o que estimula a inovação e aumenta a produtividade, disse ela.

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