Economia

Multa sobre consumo maior de água deve pressionar IPC no mês

Nesta quinta-feira, a Fipe alterou a projeção para o IPC fechado de fevereiro, de 1,10% para 1,14%


	Torneira pingando: para o grupo Habitação, do qual faz parte o item água e esgoto, a expectativa é de 1,52% na comparação com 1,26%
 (Divulgação/Cesan)

Torneira pingando: para o grupo Habitação, do qual faz parte o item água e esgoto, a expectativa é de 1,52% na comparação com 1,26% (Divulgação/Cesan)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 13h10.

São Paulo - Multas que o consumidor paulistano receberá pelo consumo elevado de água ainda não estão sendo captadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação na cidade.

No entanto, o coordenador do IPC-Fipe, André Chagas, admitiu que a medida deve pressionar ainda mais o índice fechado do mês, já que as multas estão começando a chegar nas casas dos consumidores.

"A Fipe ainda não notou aumentos significativos por causa da multa. Temos de esperar para saber como a Sabesp irá incorporar a medida e quantos serão atingidos", disse.

Nesta quinta-feira, 19, a Fipe alterou a projeção para o IPC fechado de fevereiro, de 1,10% para 1,14%, após o indicador ter ficado em 1,57% na segunda leitura do mês.

Para o grupo Habitação, do qual faz parte o item água e esgoto, a expectativa é de 1,52% na comparação com 1,26% apurado na segunda medição de fevereiro.

Este resultado, disse Chagas, foi influenciado pelos serviços de utilidade pública (4,05%), por causa dos aumentos nas contas de água e esgoto, além de energia elétrica (7,26%), devido ao sistema de bandeiras tarifárias vermelhas.

Além disso, contou que o item serviços doméstico (2,36%) também exerceu pressão de alta sobre o grupo Habitação.

Viagem

Chagas ainda destacou o comportamento do grupo Despesas Pessoais, que ficou em 0,69% ante 0,97% na primeira leitura do mês.

Segundo ele, este conjunto de preços foi influenciado principalmente pelos gastos menores dos consumidores com viagem e excursão (-5,20%) no período.

Para o economista da Fipe, o movimento pode sinalizar uma procura menor por viagens na época carnavalesca. "Pode ter sido um carnaval mais concentrado na capital", afirmou. 

"Também houve queda menor em bebidas não alcoólicas (1,18%), com recuo de 0,13% em água mineral, por exemplo. Pode ser recomposição de margem, alguma promoção. Não é possível saber. Normalmente a gente vê a temperatura, mas não sabe a razão da febre.", disse.

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