Economia

Moody's prevê déficit primário de 1,6% do PIB e vê riscos eleitorais

"Esperamos que o custo da dívida cresça novamente em 2022 e que o déficit primário retorne", diz o relatório da agência

Agência prevê déficit em 2022, diante da desaceleração esperada para a atividade no país (Cesar Okada/Getty Images)

Agência prevê déficit em 2022, diante da desaceleração esperada para a atividade no país (Cesar Okada/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 18h05.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 18h26.

Depois de encerrarem 2021 com superávit primário de 0,7% do produto interno bruto (PIB), as contas do setor público consolidado no Brasil devem voltar ao vermelho neste ano, avalia a Moody's. A agência prevê déficit primário de 1,6% do PIB em 2022, diante da desaceleração esperada para a atividade no país.

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"Embora a forte performance fiscal de 2021 vá apoiar o perfil de crédito do Brasil, esperamos que o custo da dívida cresça novamente em 2022 e que o déficit primário retorne por causa do baixo crescimento", diz o relatório da Moody's.

O cenário leva em conta uma projeção de crescimento de 0,6% do PIB de 2022, ainda acima da mediana do último relatório de mercado Focus, de 0,3%.

Com o financiamento da dívida mais caro devido ao aperto monetário no País, a Moody's estima que o déficit nominal do setor público avance de 4,4% do PIB em 2021 para 5,9% do PB neste ano.

"Adicionalmente, pressões por gastos às vésperas das eleições de outubro de 2022 podem afetar negativamente os esforços de consolidação fiscal", alerta a agência.

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