Economia

Mercado reduz projeções para inflação novamente, mostra Focus

Projeção foi reduzida pela 10ª vez seguida na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira

Inflação: projeção para a inflação neste ano foi reduzida novamente, segundo pesquisa Focus do Banco Central (Reinaldo Canato/VEJA)

Inflação: projeção para a inflação neste ano foi reduzida novamente, segundo pesquisa Focus do Banco Central (Reinaldo Canato/VEJA)

R

Reuters

Publicado em 9 de abril de 2018 às 08h59.

Última atualização em 9 de abril de 2018 às 11h11.

São Paulo - A projeção para a inflação neste ano foi reduzida pela 10ª vez seguida na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, caminhando na direção do piso da meta oficial, enquanto a visão para a economia teve ligeira piora.

Os economistas consultados no levantamento passaram a calcular a alta do IPCA em 2018 agora em 3,53 por cento, ante 3,54 por cento na semana anterior. A meta oficial para este ano é de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto porcentual.

Para 2019, o cálculo também sofreu um ajuste de 0,01 ponto percentual, mas para cima, a 4,09 por cento.

O IBGE divulga na terça-feira os dados de março do IPCA, e pesquisa da Reuters aponta que a inflação provavelmente desacelerou em março à mínima em cinco meses de 2,72 por cento em 12 meses, sugerindo que o BC pode ter esperado tempo demais para sinalizar novo corte de juros.

Ao mesmo tempo, a expectativa para o desempenho da economia brasileira piorou. A projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) registre uma expansão de 2,80 por cento neste ano, contra 2,84 por cento antes, avançando a 3 por cento em 2019, em projeção inalterada no levantamento.

A pesquisa mostra ainda que o mercado continua vendo que a Selic terminará 2018 a 6,25 por cento e 2019, a 8 por cento. Atualmente, a taxa básica de juros está em 6,5 por cento.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim Focuseconomia-brasileiraInflaçãoIPCAPIB do Brasil

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto