Economia

Mercado já aposta em nova elevação do rating do Brasil, diz Barclays

Segundo os analistas, elevação vai depender da capacidade do país de consolidar seu crescimento em período de estímulos fiscais e monetários

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2009 às 15h11.

A atual fase de desenvolvimento econômico do Brasil tem estimulado projeções otimistas para os próximos meses. Em relatório divulgado nesta segunda-feira (23/11), os analistas do banco britânico Barclays afirmaram que o país, junto com Panamá, Peru e Argentina, são neste momento os preferidos das agências de risco na América Latina.

Segundo o Barclays, o mercado já começa a embutir no preço das ações brasileiras uma nova elevação da classificação da dívida soberana.

Em setembro, a última das três principais agências de risco, a Moody’s, finalmente elevou o Brasil à categoria de “grau de investimento”. Para os analistas, as classificações que o país recebeu foram importantes não apenas pela elevação em si mas também pelo momento em que ocorreram.

A melhora da percepção dos mercados globais com relação à economia brasileira foi essencial para que o país tivesse a capacidade de emergir rapidamente da pior crise financeira desde a década de 1980.

Para os analistas do Barclays, como a Moody’s manteve a nota do Brasil com perspectiva positiva, poderia agora dar um passo à frente de seus pares, as agências de risco Fitch e Standard & Poor’s, e garantir ao país outra elevação.

"Contudo, acreditamos que qualquer elevação da classificação deve estar ligada à capacidade do país de consolidar o crescimento, particularmente em um período com estímulos fiscais e monetários tanto internamente quanto no exterior", diz o relatório do banco.

Uma forte demanda interna é um claro sinal de que a economia está crescendo, o que diminui a preocupação com futuros problemas de solvência. Assim, os analistas afirmam que o próximo grande desafio para o Brasil será o de recuperar o controle sobre os gastos fiscais, "uma tarefa difícil de realizar em 2010", especialmente com as eleições gerais, que estão previstas para outubro.
 

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