Economia

Mercado de cartões de débito deve dobrar em cinco anos

A pesquisa mostra que de 2005 a 2012, a preferência pelo débito avançou de 26% para 34% entre os consumidores

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 15h27.

São Paulo - O temor com a perda do controle dos gastos é uma das principais barreiras para o uso do cartão de débito pelos consumidores em suas compras, mostrou o "Estudo sobre o mercado de cartão de débito no Brasil" divulgado nesta terça-feira pela Mastercard para identificar as tendências desse mercado. Mesmo assim, o uso do cartão de débito registrou o maior crescimento entre os meios de pagamento mais utilizados, a uma média de 25% ao ano entre 2006 a 2011, enquanto o uso do cartão de crédito avançou à média de 22%. A Mastercard estima que a base de transações poderá expandir-se dos R$ 200 bilhões atuais para entre R$ 370 bilhões e R$ 493 bilhões em cinco anos.

O vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Mastercard para o Cone-Sul, Alexandre Magnani, observou que o potencial de expansão do uso do cartão de débito nas compras feitas em estabelecimentos comerciais é grande, apontando para os dados sobre o tipo de meio de pagamento mais utilizado pelos consumidores. De acordo com a pesquisa, 82% das transações de débito são feitas nos caixas eletrônicos e apenas 18% nas lojas. Magnani comparou os números ao do mercado norte-americano, onde 76% das transações com cartões de débito são realizadas nos estabelecimentos comerciais; e ao Argentino, onde esse porcentual é de 33%.

Entre diversas formas de pagamento, a pesquisa mostrou que o cartão de débito continua sendo o segundo na preferência do consumidor, e a diferença para o dinheiro, primeiro colocado, está diminuindo. A pesquisa mostra que de 2005 a 2012, a preferência pelo débito avançou de 26% para 34% entre os consumidores.

Magnani disse que ao lado da cautela com as despesas, o uso dos cartões é inibido também pelo hábito e agilidade no pagamento das compras em dinheiro e por temores relacionados à segurança. Os consumidores indicaram ainda que estão interessados em promoções, sorteios e pontuações.

Por conta disso, Magnani disse que a Mastercard trabalha em algumas frentes para estimular o aumento do uso do cartão de débito. O controle de gastos, por exemplo, já está sendo utilizada por alguns bancos emissores junto a parte de seus clientes pessoas jurídicas. Segundo Magnani, esse sistema ficará mais evidente aos consumidores em 2013, quando estiverem concluídos os estudos para estabelecer parâmetros para reger os controles.


A ideia é que o usuário receba via SMS em seu celular mensagem sobre o saldo remanescente em sua conta.

Outra forma de controle mais sofisticada seria o display card, cartão com um cristal líquido, permitindo consulta ao saldo remanescente após cada transação no próprio cartão. Magnani disse que essa tecnologia ainda está em fase embrionária de desenvolvimento.

A Martercard trabalha também com a possibilidade de pagamento por aproximação, ou seja, sem necessidade de inserção do cartão de débito nas máquinas de pagamento. É uma tecnologia que também está em estudo junto aos bancos e às companhias adquirentes, uma vez que exigiria mudança das atuais máquinas de pagamento.

Acompanhe tudo sobre:cartoes-de-debitoeconomia-brasileiraMasterCardsetor-de-cartoes

Mais de Economia

Escala 6x1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'

Alckmin diz que fim da jornada de trabalho 6x1 não é discutida no governo, mas é tendência mundial

Dia dos Solteiros ultrapassa R$ 1 trilhão em vendas na China

No BNDES, mais captação de recursos de China e Europa — e menos insegurança quanto à volta de Trump