Meirelles: Se eu for candidato, há chance de ter apoio do governo
Meirelles afirmou que, em seu eventual governo, manteria a agenda de reformas para elevar a produtividade da economia do país
Reuters
Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 20h24.
Última atualização em 14 de dezembro de 2017 às 20h28.
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , afirmou nesta quinta-feira que pode sim ser o candidato do governo caso decida participar da corrida pela Presidência da República no ano que vem.
"Eu vou tomar decisão sobre minha possível candidatura ... cerca de março, começo de abril do próximo ano", disse Meirelles em entrevista à rádio Bandnews. "A partir daí existe sim possibilidade, e vamos ver como se desenvolve o quadro, de eu ter o apoio do governo", completou.
Ao ser questionado se o flerte pelo comando do Executivo poderia dificultar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, o ministro disse não acreditar que congressistas irão se posicionar contra a matéria para que ele não seja candidato, já que "forças que apoiam a reforma são muito diversas".
"Se a economia der certo, como acredito que vai dar, e se eu de fato tomar uma decisão nesse sentido, acredito até que serve pra reforçar, pra fazer aglutinação maior ainda de forças e ter mais um polo de movimento a favor dessas reformas dentro de uma perspectiva futura", afirmou.
Meirelles afirmou que, em seu eventual governo, manteria a agenda de reformas para elevar a produtividade da economia do país, além de lutar por medidas para dar continuidade ao processo de ajuste fiscal e modernização do ambiente econômico, que não puderam ser implementadas ainda.
Após tentar mobilizar parlamentares para garantir a aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano, o governo reconheceu nesta quinta-feira que a votação ficará para fevereiro.
Meirelles já tinha defendido mais cedo neste mês que o candidato do governo à Presidência terá de defender o legado dessa gestão, incluindo outras reformas além da Previdência, e que se beneficiará da melhora da economia em breve.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele também pontuou que o governo terá um nome para 2018, mas que não será o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
(Por Marcela Ayres)