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Meirelles: é prematuro afirmar que país terá aumento de impostos

Meirelles se reuniu e almoçou hoje com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo

Meirelles: "Não temos como anunciar algo porque os estudos estão começando. A comissão acabou de ser criada", afirmou (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 18h50.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , disse nesta quinta-feira, 23, ser prematuro afirmar que o país terá em algum momento, ainda neste ano, aumento de impostos ou criação de novos tributos.

"Não temos como anunciar algo porque os estudos estão começando. A comissão acabou de ser criada", afirmou, ao se referir ao grupo de trabalho que estuda a reforma tributária.

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Meirelles, que se reuniu e almoçou hoje com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo, conversou com jornalistas quando desceu do escritório, na região da Avenida Paulista, para ir até uma livraria.

Ao fazer o percurso, o ministro passou entre várias barracas armadas e ocupadas por dezenas membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que estão acampados na calçada do prédio onde fica seu escritório.

Meirelles até se deixou ser fotografado ao lado de um dos manifestantes. Sobre a reunião com o presidente do BC, se limitou a dizer que ela foi normal e rotineira.

O ministro voltou a afirmar que há uma série de medidas importantes a serem tomadas na área do crédito, como a criação da duplicata eletrônica, o aperfeiçoamento da alienação fiduciária e o aperfeiçoamento do cadastro positivo, que vai, segundo ele, aumentar a disponibilidade de garantias para crédito.

"Em consequência, haverá uma queda da taxa de juros. Nós temos aí, portanto, uma série de medidas ainda que não só vai aumentar a oferta de crédito como vai permitir a queda da taxa de juros à medida que aumentará a segurança", disse.

O ministro citou ainda medidas de desburocratização que estão em andamento, visando, por exemplo, a diminuir o tempo de abertura de empresas em São Paulo.

Hoje o prazo é de 101 dias em todo o País e a meta é reduzir para 3 dias.

"O tempo de pagamento de impostos hoje em dia no Brasil é 2.600 horas de trabalho por ano. Vamos diminuir isso para um número menor que um quarto disso. É uma série de medidas que visa a aumentar a produtividade da economia brasileira e a capacidade do País de crescer", afirmou.

Meirelles disse que fica em São Paulo até este sábado, mas garantiu que não tem agenda oficial nesta sexta-feira.

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