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Meirelles diz que está perto de acordo sobre cessão onerosa

O sistema de cessão onerosa foi criado em 2010, como parte da operação de capitalização da Petrobras

Meirelles: o governo cedia à estatal o direito de explorar 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural em campos do pré-sal (Leonardo Benassatto/Reuters)
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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 17h10.

Davos (Suíça) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , afirmou nesta quarta-feira em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, que o governo federal está próximo de um acordo com a Petrobras sobre as reservas de petróleo exploradas no regime de cessão onerosa no pré-sal na Bacia de Santos.

O sistema de cessão onerosa foi criado em 2010, como parte da operação de capitalização da Petrobras. O governo cedia à estatal o direito de explorar 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural em campos do pré-sal que não estavam no regime de concessão.

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Na época, a Petrobras pagou à União R$ 74,8 bilhões, com os barris cotados a US$ 8,51. A estatal acredita ter o direito de ser ressarcida porque as cotações caíram no mercado internacional desde quando o contrato foi assinado.

Em uma entrevista coletiva durante o Fórum Econômico Mundial, onde o presidente Michel Temer discurso hoje, Meirelles se mostrou confiante que o acordo será fechado em breve. Para o ministro da Fazenda, a chave é encontrar um "pacto justo" para todos.

Meirelles também disse que não há motivos para atrasos no processo de privatização da Eletrobras, já que em fevereiro serão aprovadas as reformas necessárias para a venda da estatal.

O ministro também ressaltou que a privatização da Eletrobras é "extremamente importante para o país" e comparou o processo com as vendas das empresas de telecomunicações na década de 1990 durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Assim como Temer durante seu discurso, Meirelles defendeu a recuperação da economia brasileira, que prevê a criação de 2,2 milhões de novos empregos neste ano.

O ministro disse que o Brasil conta com a confiança dos investidores de todo o mundo e que teve em Davos reuniões "muito produtivas" nesse sentido, mas não quis dar mais detalhes.

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