Economia

Mantega promete diálogo sobre Coligadas, diz empresário

Segundo o Ministério da Fazenda, haverá uma reunião técnica nos próximos dias para debater o assunto


	Guido Mantega: presidente da Abdib contou que Mantega informou, na reunião, que o governo está trabalhando em medidas para normalizar a questão da energia elétrica
 (Agência Brasil)

Guido Mantega: presidente da Abdib contou que Mantega informou, na reunião, que o governo está trabalhando em medidas para normalizar a questão da energia elétrica (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 17h36.

Brasília - O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, informou nesta quarta-feira, 12, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu, durante reunião com os empresários, manter o diálogo com as empresas com atuação no exterior para discutir os problemas contidos na Medida Provisória 627, conhecida como MP das Coligadas.

Segundo o Ministério da Fazenda, haverá uma reunião técnica nos próximos dias para debater o assunto. "Parte dos problemas está sendo resolvida no conjunto da negociação da MP. E, na parte dos problemas que não podem ser resolvidos no conjunto da MP, há o compromisso do governo de continuar se reunindo com grandes companhias que investem no exterior", disse Godoy.

O empresário disse ainda que a principal preocupação das empresas é evitar a bitributação, para impedir que as que pagam tributos no país de origem não sejam tributadas novamente no Brasil. "O governo está aberto para fazer correções a qualquer momento seja nela (na MP) ou em outro momento que se queira fazer", afirmou Godoy.

Energia

O presidente da Abdib informou também que o ministro afirmou que não haverá nenhuma medida intervencionista na área de energia elétrica e que todas as medidas respeitarão a estrutura dos contratos. "Energia é um tema que preocupa a todos. Mas ele não disse quais medidas o governo vai tomar, mas disse que serão respeitadas as regras do jogo e os contratos", afirmou após a reunião.

Godoy contou que Mantega informou, na reunião, que o governo está trabalhando em medidas para normalizar a questão da energia elétrica. No entanto, não informou detalhes sobre essas atuações e a fonte dos recursos.

O empresário disse que o ministro também falou da coerência que o governo vai procurar dar especialmente na política fiscal e restabelecer a confiança do mercado. "Eu acho que esse é o tom geral: que o Brasil tem condições de sustentar o crescimento e que dificilmente alguma empresa de atividade global deixará de vir para o Brasil."

Diálogo permanente

Godoy disse que é preciso melhorar a confiança e estabelecer um diálogo permanente para que haja coerência nas decisões e que o mercado possa compreender todas as medidas que estão sendo tomadas e melhorar o desempenho da economia. Na avaliação do empresário, o canal de diálogo do governo nunca foi quebrado. "Eu acho que, com a Fazenda, não há nenhum tipo de queixa de obstrução na base do diálogo", disse.

Ele informou também que os empresários continuarão debatendo com o governo temas ligados à área tributária com a extinção do Regime de Transição Tributária (RTT) e as questões envolvidas na globalização das empresas brasileiras. "O ministro disse, em nome da presidente, que há todo interesse do governo que as empresas brasileiras tenham operações internacionais porque isso cria valor para o País. Então, é preciso estar sempre atentos em quais são os elementos que estão bloqueando a perfeita atuação das empresas no exterior", disse.

Depois do almoço com os empresários, Mantega seguiu para uma reunião no Palácio do Planalto. Na saída, o ministro evitou comentar detalhes da reunião e disse apenas que tinha sido "muito boa".

Acompanhe tudo sobre:Guido MantegaImpostosLeãoMinistério da FazendaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor