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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.
Coincidência ou não, a primeira mulher a presidir a Caixa Econômica Federal (CEF) foi empossada nesta quinta-feira (30/3), pelo autor de "Sexo e Poder", livro publicado em 1979 e que discute as relações entre a opressão do capitalismo e a revolução sexual. O autor, o novo ministro da Fazenda Guido Mantega, porém, preferiu destacar a importância do crédito para a expansão econômica, durante a cerimônia de posse de Maria Fernanda Ramos Coelho. "O crédito é a base do desenvolvimento econômico. Não há desenvolvimento sem crédito", afirmou Mantega.
Maria Fernanda está há 22 anos na CEF, sendo funcionária de carreira. Ela substituirá Jorge Mattoso, que se demitiu do cargo após ter seu nome envolvido na quebra ilegal do sigilo bancário de Francenildo Santos Costa, caseiro que, em depoimento à CPI dos Bingos, declarou que o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, freqüentava uma mansão no Lago Sul de Brasília, usada para partilha de dinheiro arrecadado ilegamente. Dias depois do depoimento no Congresso, Costa teve sua movimentação bancária violada e divulgada na imprensa, numa tentativa de desmoralizá-lo.
Em seu discurso, a nova presidente afirmou que a CEF "está mobilizada para colaborar no esforço de ampliação dos investimentos e todas as esferas da economia e a reduzir as taxas de juros". Maria Fernanda declarou, ainda, que o banco continuará "a oferecer as taxas mais competitivas do mercado, sem descuidar um só momento dos programas sociais".