Economia

Malan e Fraga anunciarão medidas e possível empréstimo do FMI

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, convocou entrevista coletiva para esta quinta-feira, às 12h30, na sede do ministério. Malan falará ao lado do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, do diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, e do secretário-executivo da Fazenda, Amauri Bier. Apesar de o governo não ter adiantado a pauta […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h37.

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, convocou entrevista coletiva para esta quinta-feira, às 12h30, na sede do ministério. Malan falará ao lado do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, do diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, e do secretário-executivo da Fazenda, Amauri Bier.

Apesar de o governo não ter adiantado a pauta da reunião, os condutores da política econômica falarão sobre a atual crise econômica, que fez o dólar chegar perto dos R$ 2,80 e fechar com a 2ª maior cotação do Real. O risco-país ficou em 3º lugar do mundo, atrás apenas de Argentina e Nigéria, nesta quarta-feira.

Especula-se que Malan anunciará um empréstimo de cerca de US$ 10 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional) e mais um corte de gastos públicos para conter os ânimos do mercado financeiro. O Brasil tem direito de sacar cerca de US$ 10 bilhões do FMI. Pouco mais da metade poderia ter sido sacado em janeiro e/ou março, mas o governo brasileiro optou, na época, por não usar os recursos do fundo.

A outra parte pode ser sacada quando o FMI aprovar a revisão do acordo com o Brasil. A próxima reunião do fundo para discutir esse assunto está marcada para o próximo dia 21. Em abril, o Brasil anunciou o pagamento antecipado de US$ 4,2 bilhões ao FMI, que poderia ser feito apenas em setembro.

Só os rumores desse possível empréstimo do FMI já fizeram com que o preço da dívida brasileira subisse nesta quinta-feira. Às 7h40 (horário de Brasília) o bônus C-Bond estava cotado a 67,750, uma alta de 2,5 pontos.

Um banco de investimento estima ainda que o governo possa anunciar algum tipo de intervenção no câmbio, como venda de dólares e títulos cambiais de curto prazo, para conter a cotação. Outra hipótese é que o governo promova algum aperto monetário adicional e/ou crie novas medidas fiscais.

O EMBI+ do J.P.Morgan, que mede o risco de mercados emergentes, operava na manhã desta quinta-feira em queda de 88 pontos-base, para 1.223 pontos-base sobre os títulos do Tesouro norte-americano (treasuries).

Outras boas notícias, como a vitória da seleção brasileira contra a Costa Rica, por 5 a 2, e a aprovação da CPMF no Senado, impedindo a interrupção da cobrança, devem acalmar ainda mais os mercados financeiros do país.

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