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Lula participa de festa indígena na Raposa Serra do Sol

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (19), Dia do Índio, de uma comemoração que deve reunir 18 mil pessoas na comunidade do Maturuca, no coração da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Um ano após a confirmação da homologação da terra indígena pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (19), Dia do Índio, de uma comemoração que deve reunir 18 mil pessoas na comunidade do Maturuca, no coração da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Um ano após a confirmação da homologação da terra indígena pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as etnias Macuxi, Wapixana, Taurepang, Ingaricó e Patamona vão comemorar a retirada dos não índios que viviam na reserva, de 1,7 milhão de hectares.

Lula vai se reunir com lideranças da região, que deverão pedir recursos para a implantação de projetos de agricultura e pecuária que garantam a sustentabilidade dos índios que moram na reserva, além de mais investimentos em saúde e educação nas aldeias.

O presidente deve realizar uma série de gestos simbólicos: estão previstos o plantio de um árvore e o lançamento de uma flecha. As comunidades estão preparando apresentações típicas das tribos e o Hino Nacional será cantado na língua Macuxi. Lula vai almoçar com líderes indígenas em uma das malocas construídas para a festa.

A Festa da Homologação começou na última quinta-feira (15). Localizada na região de montanhas da terra indígena, a comunidade do Maturuca está a mais de 300 quilômetros de Boa Vista. O acesso difícil inclui pelo menos quatro horas de estrada de chão. Lula irá desembarcar em Pacaraima, no norte de Roraima, e seguirá de helicóptero para a festa.

Demarcada em 1998 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e homologada em 2005 por Lula, a reserva foi alvo de uma briga judicial com o governo de Roraima, que questionou no STF a demarcação em área contínua. Os opositores  defendiam a demarcação em ilhas, para que seis grandes produtores de arroz e outros produtores rurais não índios pudessem permanecer na área. 

O STF confirmou a homologação em área contínua, mas a saída dos não índios não conseguiu resolver as disputas internas entre as comunidades, ligadas ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) ou à Sociedade de Defesa dos Povos Indígenas de Roraima (Sodiu-RR), que ainda divergem e brigam por espaço na ocupação e organização dentro da terra indígena.

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