Economia

Lagarde sobre a pandemia: "Continuamos vivendo circunstâncias graves"

Presidente do BCE quer aprovar "sem demora" o plano de recuperação conômica pós-pandemia, em meio ao veto de Polônia e Hungria

"Continuamos vivendo circunstâncias graves, do ponto de vista sanitário e econômico", frisou Lagarde (Francois Lenoir/Reuters)

"Continuamos vivendo circunstâncias graves, do ponto de vista sanitário e econômico", frisou Lagarde (Francois Lenoir/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 07h53.

Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 07h54.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, pediu nesta quinta-feira (19) que o plano de recuperação europeu seja implementado "sem demora", em meio ao veto de Polônia e Hungria. 

Este plano de recuperação econômica pós-pandemia de 750 bilhões de euros (cerca de 880 bilhões de dólares) "deve entrar em vigor sem demora", disse Lagarde, no Parlamento Europeu, antes de os membros do bloco se reunirem on-line nesta quinta-feira para tente desbloquear a situação.

"Continuamos vivendo circunstâncias graves, do ponto de vista sanitário e econômico", frisou Lagarde.

Ela não se referiu ao veto dos dois países da Europa Central a este plano, mas insistiu na necessidade desta injeção excepcional de fundos, que "facilitará políticas orçamentais expansionistas".

"A resposta à crise até agora ilustra como a política fiscal e monetária podem se reforçar mutuamente nas circunstâncias atuais", acrescentou.

Até agora, os governos da zona do euro aplicaram medidas orçamentárias que representam mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona, apenas em 2020, além das que afetam os gastos sociais.

No entanto, "uma demanda fraca e o risco de uma recuperação atrasada justificam a manutenção do apoio a essas políticas orçamentárias nacionais" para evitar que as economias entrem em colapso, insistiu Lagarde.

O BCE se reunirá no início de dezembro para anunciar um novo pacote de medidas de apoio à economia da zona do euro.

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