Economia

Justiça do Trabalho nega liminar para suspender greve dos Correios

A audiência de conciliação é etapa obrigatória do dissídio coletivo quando as partes, mediadas pelo TST, tentam chegar a um acordo

Agência dos Correios: além das agências, a estatal terá cartão de crédito (Wikimedia Commons)

Agência dos Correios: além das agências, a estatal terá cartão de crédito (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 20h20.

Brasília - A ministra Cristina Peduzzi, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), negou o pedido de liminar feito pelos Correios para suspender imediatamente a greve dos funcionários da estatal. Ontem (29), a empresa entrou com dissídio coletivo no TST para tentar resolver o conflito por via judicial, uma vez que a greve se estende desde o dia 13.

A ministra também marcou para a próxima terça-feira (4), às 13h, audiência de conciliação entre os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), entidade que representa os funcionários em greve. A audiência de conciliação é etapa obrigatória do dissídio coletivo quando as partes, mediadas pelo TST, tentam chegar a um acordo.

Para a direção dos Correios, a paralisação é abusiva, um “movimento atentatório à ordem pública”. A estatal pede que as entidades sindicais à frente do movimento sejam multadas diariamente em R$ 100 mil caso a paralisação não acabe. Se a Justiça não acatar o pedido, os Correios querem que, pelo menos, seja determinado que 70% dos empregados voltem ao trabalho em cada uma das unidades operacionais da empresa.

Para a direção dos Correios, a greve tem “nítido conteúdo político-ideológico” e causa prejuízo a serviços de natureza social, como pagamento de aposentadorias e entrega de remédios por via postal. A empresa alega que foi surpreendida pelo movimento grevista quando o processo de negociação para o acordo coletivo da categoria, relativo a 2011/2012, estava “em pleno andamento”. Também argumenta que, após o início da greve, apresentou propostas que foram rejeitadas pelas entidades sindicais.

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