Economia

Juros chegam ao recorde de 56,1% ao ano em abril

A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 1,7 ponto percentual para 347,5% ao ano


	Pagamento: a taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito
 (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Pagamento: a taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito (Pascal Le Segretain/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 11h58.

A taxa média de juros do crédito para as famílias subiu em abril, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27).

De março para o mês passado, a alta chegou a 1,7 ponto percentual, com a taxa de 56,1% ao ano, a mais alta da série histórica do BC, iniciada em março de 2011.

A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, teve leve alta de 0,1% e ficou em 5,3% para as pessoas físicas.

A taxa de juros mais alta na pesquisa do BC é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 1,7 ponto percentual para 347,5% ao ano.

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 3,1 pontos percentuais para 114,6% ao ano.

A taxa do cheque especial chegou a 226% ao ano, em abril, com alta de 5,6 pontos percentuais. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) chegou a 26,9% ao ano.

A taxa média do crédito para as empresas subiu 0,1 ponto percentual, para 26,6% ao ano. A inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual, para 3,9%.

Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros do crédito para as empresas subiu 0,6 ponto percentual para 9% ao ano. No caso das famílias, houve redução de 0,1 ponto percentual, com taxa em 8,4% ao ano.

A inadimplência do crédito direcionado subiu 0,1% tanto para empresas (0,7%) quanto para pessoas físicas (1,9%).

O saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,061 trilhões, em abril, com crescimento de 0,1% no mês e 10,5% em 12 meses. No ano, a expansão ficou em 1,4%.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCréditoJurosMercado financeiro

Mais de Economia

‘Se você pretende ser ‘miss simpatia’, seu lugar não é o Banco Central’, diz Galípolo

Rui Costa fala em dialogar com o mercado após dólar disparar: 'O que se cobrava foi 100% atendido'

Lula chama corte gastos de 'medida extraordinária': 'Temos que cumprir o arcabouço fiscal'