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IPCA de fevereiro fica em 1,57%, diz IBGE

O IPCA é o quarto índice de inflação de março que confirma a tendência de queda

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro apresentou variação de 1,57% e ficou 0,68 ponto percentual abaixo dos 2,25% referentes a janeiro. Em fevereiro de 2002, o IPCA foi 0,36%. Nos dois primeiros meses de 2003, o IPCA acumulou taxa de 3,86%, resultado superior aos dois primeiros meses de 2002 (0,88%). Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 15,85%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (14,47%). O IPCA é o quarto índice de inflação de março que confirma a tendência de queda.

"A análise mais prudente é de que a inflação mostra queda sem quaisquer tipos de ressalvas. Dessa forma, é possível iniciar o debate sobre o início do processo de queda dos juros. No mercado financeiro, a manutenção da meta da taxa Selic está precificada nos juros futuros negociados para abril, que registram 26,45%. Esperamos que o IPCA feche o ano com alta de 9,91%", afirma a consultoria Global Invest.

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A redução na taxa de um mês para o outro se deve ao menor crescimento nos preços da maioria dos itens de consumo, tendo em vista a menor influência do dólar aliada à colheita da nova safra agrícola. Os alimentos passaram de 2,15% para 1,22%. Produtos como óleo de soja (de 2,69% para -0,75%), arroz (de 1,97% para -0,73%), carnes (de 0,32% para -0,57%) e frango (de 2,61% para -0,49%) chegaram a apresentar taxas negativas. Outros mostraram crescimento mais reduzido, a exemplo dos ovos (de 5,40% para 3,50%) e do macarrão (de 2,85% para 0,81%).

Em relação aos produtos não alimentícios, a taxa passou de 2,28% em janeiro para 1,68% em fevereiro. A maioria dos produtos pesquisados influenciou menos o IPCA de fevereiro do que em janeiro, destacando-se a gasolina (de 8,82% para 3,29%) e os remédios (de 2,26% para 0,12%), além do gás de cozinha (de 4,55% para -3,73%), com queda de preço.

Quanto às pressões positivas, destacam-se as tarifas dos ônibus urbanos (de 4,99% para 5,91%), concentrando aumentos ocorridos em sete das onze regiões pesquisadas, e as mensalidades escolares (de 0,60% para 6,54%), com aumentos em todas as regiões pesquisadas em razão do início do ano letivo. As tarifas dos ônibus ficaram com a maior contribuição individual no índice do mês (0,28 ponto percentual), seguidas das mensalidades escolares (0,24 ponto percentual).

O maior índice regional foi registrado em Brasília (2,44%), pressionado pelo resultado de ônibus urbanos (25,79%), cujas tarifas aumentaram 31,58% no dia 3 de fevereiro. O menor resultado ficou com Recife (0,53%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

Para cálculo do IPCA de fevereiro foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 25 de fevereiro (referência) com os preços vigentes no período de 27 de dezembro de 2002 a 29 de janeiro 2003 (base).

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