Transportes registrou o maior aumento e foi influenciado pela alta nos preços da gasolina, de 6,62% (Busakorn Pongparnit/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 25 de novembro de 2021 às 09h32.
Última atualização em 25 de novembro de 2021 às 09h46.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,17 por cento em novembro, sobre alta de 1,20 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa é a maior variação para um mês de novembro desde 2002, quando o índice foi de 2,08%. O acumulado no ano foi de 9,57% e, em 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2020, a taxa havia sido de 0,81%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
Índice Geral | 1,20 | 1,17 | 1,20 | 1,17 |
Alimentação e bebidas | 1,38 | 0,40 | 0,29 | 0,08 |
Habitação | 1,87 | 1,06 | 0,30 | 0,17 |
Artigos de residência | 0,53 | 1,53 | 0,02 | 0,06 |
Vestuário | 1,32 | 1,59 | 0,05 | 0,07 |
Transportes | 2,06 | 2,89 | 0,43 | 0,61 |
Saúde e cuidados pessoais | -0,01 | 0,80 | 0,00 | 0,10 |
Despesas pessoais | 0,77 | 0,61 | 0,08 | 0,06 |
Educação | 0,09 | 0,01 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | 0,34 | 0,32 | 0,02 | 0,02 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Transportes registrou o maior aumento entre os grupos, de 2,89% e foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços da gasolina, de 6,62%. No ano, o combustível acumula alta de 44,83% e, em 12 meses, de 48,00%. Também houve altas nos preços do óleo diesel (8,23%), do etanol (7,08%) e do gás veicular (2,59%).
O segundo grupo com maior variação foi o de Habitação, com aumento de 1,06%. A maior contribuição foi do gás de botijão (4,34%), cujos preços subiram pelo 18° mês consecutivo, acumulando 51,05% de alta no período iniciado em junho de 2020.
A energia elétrica (0,93%) teve variação menor que a de outubro (3,91%) e contribuiu com 0,05 p.p. no índice do mês. Desde setembro, está em vigor a bandeira tarifária escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.