Economia

IPCA-15 sobe 1,17% em novembro e acumula alta de 10,73% em 12 meses

Essa é a maior variação para um mês de novembro desde 2002

Transportes registrou o maior aumento e foi influenciado pela alta nos preços da gasolina, de 6,62% (Busakorn Pongparnit/Getty Images)

Transportes registrou o maior aumento e foi influenciado pela alta nos preços da gasolina, de 6,62% (Busakorn Pongparnit/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 25 de novembro de 2021 às 09h32.

Última atualização em 25 de novembro de 2021 às 09h46.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,17 por cento em novembro, sobre alta de 1,20 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

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Essa é a maior variação para um mês de novembro desde 2002, quando o índice foi de 2,08%. O acumulado no ano foi de 9,57% e, em 12 meses, de 10,73%, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2020, a taxa havia sido de 0,81%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
OutubroNovembroOutubroNovembro
Índice Geral1,201,171,201,17
Alimentação e bebidas1,380,400,290,08
Habitação1,871,060,300,17
Artigos de residência0,531,530,020,06
Vestuário1,321,590,050,07
Transportes2,062,890,430,61
Saúde e cuidados pessoais-0,010,800,000,10
Despesas pessoais0,770,610,080,06
Educação0,090,010,010,00
Comunicação0,340,320,020,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.  

Transportes registrou o maior aumento entre os grupos, de 2,89% e foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços da gasolina, de 6,62%. No ano, o combustível acumula alta de 44,83% e, em 12 meses, de 48,00%. Também houve altas nos preços do óleo diesel (8,23%), do etanol (7,08%) e do gás veicular (2,59%).

O segundo grupo com maior variação foi o de Habitação, com aumento de 1,06%. A maior contribuição foi do gás de botijão (4,34%), cujos preços subiram pelo 18° mês consecutivo, acumulando 51,05% de alta no período iniciado em junho de 2020.

A energia elétrica (0,93%) teve variação menor que a de outubro (3,91%) e contribuiu com 0,05 p.p. no índice do mês. Desde setembro, está em vigor a bandeira tarifária escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

 

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