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IPCA-15, prévia da inflação, acelera para 0,65% em outubro

Taxa estava em 0,48% em setembro e em 0,42% em outubro de 2011

Carne: os alimentos responderam por 57% do índice do mês, com destaque para o aumento em carnes e arroz (Rob Owen-Wahl / Stock Xchng)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2012 às 10h11.

São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, registrou uma variação de 0,65% em outubro, segundo o IBGE . A taxa ficou 0,17 ponto percentual acima da taxa de 0,48% registrada em setembro. Em outubro de 2011, a taxa havia sido 0,42%.

Com essa aceleração, o acumulado do ano subiu para 4,49%, inferior aos 5,48% do mesmo período de 2011. Na perspectiva dos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 5,56%, acima dos 5,31% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

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A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem pelo Banco Central, indicou que o BC está mais preocupado com a crise e o ritmo de recuperação da economia brasileira do que com a subida da inflação.

Vilões

Os alimentos responderam por 57% do índice do mês, com alta de 1,56% e impacto de 0,37 ponto percentual. Ocorreu aumento em vários produtos, destacando-se o item carnes (2,92%) e o arroz (11,91%), os maiores impactos individuais no IPCA-15, com 0,07 p.p. cada.

Vários outros alimentos mostraram aumentos expressivos no mês, segundo o IBGE, como a batata-inglesa (19,23%), farinha de mandioca(12,52%), cebola (9,97%), feijão carioca (4,66%), frango (4,13%), óleo de soja (3,01%), e pão francês (2,43%).

As despesas com habitação também aceleraram de setembro para outubro, passando de 0,43% para 0,72%. O IBGE creditou isso à alta da energia elétrica (de -0,05% em setembro para 0,67% em outubro) e tmabém ao crescimento de preços de itens importantes no orçamento das famílias como taxa de água e esgoto (de 0,78% para 1,32%), artigos de limpeza (de 0,29% para 0,55%), mão de obra para pequenos reparos (de 0,07% para 1,69%) e gás de botijão (de 0,30% para 1,08%).

Em saúde e cuidados pessoais a aceleração foi de 0,37% em setembro para 0,42% em outubro. O impacto maior nesse item foi provocada pela alta dos artigos de higiene pessoal, que foram dos 0,07% em setembro para 0,66% em outubro. Vestuário (de 0,47% para 1,05%), transportes (de 0,09% para 0,11%) e comunicação (de 0,01% para 0,18%), além dos artigos de residência (de 0,19% para 0,26%) foram outros grupos de produtos e serviços pesquisados a apresentarem aceleração de um mês para o outro (veja tabela na segunda página).

Baixas

O item empregado doméstico registrou queda de 0,17% em outubro contra a alta de 1,24% em setembro, sendo o responsável pela desaceleração do grupo das despesas pessoais de 0,57% para 0,15%.


Quanto ao agrupamento dos produtos não alimentícios, registraram variação de 0,37%, acima do resultado do mês anterior, que foi de 0,30%.

Regiões

O maior índice regional foi o de Goiânia (1,21%), afetado pelo reajuste das tarifas de energia elétrica em setembro. O menor foi o índice de Curitiba (0,38%), onde os alimentos aumentaram bem abaixo da média nacional.

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços. Os preços foram coletados no período de 13 de setembro a 11 de outubro de 2012.

Veja a variação em alguns grupos de produtos e serviços:

Variação mensal (%)Variação acumulada (%)
Gruposetembrooutubroano12 meses
Índice geral0,480,654,495,56
Alimentos e bebidas1,081,567,8910,11
Habitação0,430,725,546,53
Artigos de residência0,190,26-0,87-0,75
Vestuário0,471,054,296,36
Transportes0,090,11-0,55-0,61
Saúde e cuidados pessoais0,370,425,256,17
Despesas pessoais0,570,157,889,58
Educação0,110,027,547,61
Comunicação0,010,180,541,01
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