Economia

Investimentos não devem manter ritmo de 2013

Incertezas nos campos político e energético já afetam as expectativas e a confiança da indústria


	Sede do BNDES: esperada redução nos desembolsos do banco será um freio natural a novos projetos, mas não o único
 (Divulgação/BNDES)

Sede do BNDES: esperada redução nos desembolsos do banco será um freio natural a novos projetos, mas não o único (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2014 às 10h26.

Rio - Destaque na atividade econômica em 2013, os investimentos não devem sustentar este ano o mesmo ritmo de crescimento. A esperada redução nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será um freio natural a novos projetos, mas não o único. Incertezas nos campos político e energético já afetam as expectativas e a confiança da indústria. Ao mesmo tempo, grandes empresas, como Vale e Petrobras, revisaram para baixo seus planos de investimentos para o ano.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), conta dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB), cresceu acima do esperado no quarto trimestre (0,3% ante o anterior), segundo os dados do IBGE. Mas economistas já revisaram as projeções de desempenho para este ano.

A MCM Consultores Associados refez sua previsão para a expansão da FBCF em 2014, de 4,8% para 2,2%. O economista Leandro Padulla diz que os números do investimento no quarto trimestre não batem com o que mostravam os indicadores antecedentes. "O número do IBGE não traduz o que de fato ocorreu. O cenário para o investimento vinha negativo e não vemos uma reversão no curto prazo", disse Padulla.

O BNDES aumentou a sua influência na FBCF no último ano. Após o ano de recorde no número de desembolsos, que alcançaram R$ 190,4 bilhões (alta de 22% ante 2012), o BNDES reconhece que haverá redução no volume em 2014.

"Essa redução já está sendo feita de forma criteriosa para não prejudicar os investimentos", afirmou Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor econômico da área de Planejamento do BNDES. "Até o momento, não vejo razão para reversão na tendência de aumento nos investimentos, apenas devem desacelerar", avaliou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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