Economia

Íntegra de acordo Mercosul-UE deve sair neste fim de semana

Ministério da Economia divulgou previsão de que pacto entre os blocos pode trazer uma alta de US$ 87,5 bilhões ao PIB brasileiro em 15 anos

Ernesto Araújo (arquivo): Ministro das Relações Exteriores afirmou que acordo com UE não deve ser visto apenas pelo lado tarifário (Adriano Machado/Reuters)

Ernesto Araújo (arquivo): Ministro das Relações Exteriores afirmou que acordo com UE não deve ser visto apenas pelo lado tarifário (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2019 às 17h35.

O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia vai dinamizar a economia brasileira como um todo e não deve ser visto apenas pelo lado tarifário, disse nesta sexta-feira (28) o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Em entrevista coletiva em Bruxelas, Araújo disse que o acordo é estratégico para todos os setores da economia do país ao permitir a redução de custos e abrir mercados preferenciais no que ele disse ser o maior mercado importador do mundo.

"Um acordo dessa magnitude não deve ser olhado apenas do lado estático, de tarifa, mas sobretudo sob o ponto de vista dinâmico. Ele mexe com todo o conjunto da economia", disse.

Mercosul e União Europeia assinaram nesta sexta um acordo preliminar de livre comércio, encerrando quase 20 anos de negociações.

De acordo com estimativas do Ministério da Economia, o acordo "representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção".

Na coletiva, as autoridades brasileiras evitaram dar detalhes sobre o acordo sob a alegação de que a íntegra será divulgada pelos envolvidos na negociação neste fim de semana.

Também na entrevista, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou que no acordo os dois lados ganham.

"Não existe acordo em que só um lado ganha", disse, ao ponderar ainda que o pacto não envolveu apenas os interesses do Brasil, mas foi preciso acomodar também os interesses dos demais parceiros do Mercosul --Argentina, Paraguai e Uruguai.

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