Economia

Injeção de recursos no BNDES trará ganhos para o governo

A avaliação é do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que participa de audiência pública no Senado

Barbosa acrescentou ainda que o regime prevê uma desoneração adicional de 2 pontos percentuais no IPI para as montadoras que cumprirem metas de pesquisa (Antonio Cruz/ABr)

Barbosa acrescentou ainda que o regime prevê uma desoneração adicional de 2 pontos percentuais no IPI para as montadoras que cumprirem metas de pesquisa (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h14.

Brasília – A injeção de R$ 45 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá custos para o Tesouro Nacional, em um primeiro momento, mas trará lucro para o governo no médio e no longo prazo. A avaliação é do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que participa de audiência pública no Senado sobre as medidas provisórias que instituíram o pacote de estímulo à indústria nacional.

Segundo o secretário, o empréstimo de R$ 45 bilhões em títulos públicos para reforçar o capital do BNDES será compensado de duas formas. Primeiramente, o banco lucrará mais com a ampliação dos financiamentos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e repassará mais dividendos para o Tesouro Nacional. Em segundo lugar, os investimentos gerados com os recursos dos financiamentos permitirão a ampliação do crescimento da economia e o aumento da arrecadação de tributos.

“O custo vem primeiro, mas os benefícios vêm gradualmente. No fim das contas, esse tipo de operação é lucrativa para o Tesouro”, justificou o secretário. De acordo com Barbosa, a ampliação do PSI possibilitará investimentos que não ocorreriam sem a ajuda do BNDES. Esses investimentos, ressaltou, criam empregos e aumentam a arrecadação de tributos.

O secretário também defendeu a instituição do novo regime automotivo, que vigorará de 2013 a 2017. Para Barbosa, o novo modelo de tributação não beneficia apenas as montadoras, mas toda a cadeia produtiva à medida que desonera as fábricas que compram autopeças do Mercosul. “Quanto mais peças o fabricante comprar no Brasil, maior o desconto no IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. O novo regime atrairá investimentos para o Brasil”, disse.

Barbosa acrescentou ainda que o regime prevê uma desoneração adicional de 2 pontos percentuais no IPI para as montadoras que cumprirem metas de pesquisa, inovação e engenharia. “Além de beneficiar toda a cadeia produtiva, mas estimulará o investimento na tecnologia dos veículos”, declarou.

Barbosa e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, participam de audiência pública conjunta das duas comissões mistas do Congresso que discutem as medidas provisórias que ampliaram o Plano Brasil Maior, pacote de estímulo à indústria nacional.

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