Inflação medida pela Fecomercio quase dobra em outubro

A inflação de outubro no varejo fechou com alta de 1,59%, quase o dobro da variação de 0,87% registrada no mês anterior, de acordo com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Os produtos que mais influenciaram o resultado foram os eletrodomésticos, com 1,56%, e alimentos, com 2,51%.

O resultado, divulgado pela Fecomercio nesta terça-feira (4/11), surpreendeu os economistas da federação que previam alta de cerca de 1%. A estimativa estava baseada na hipótese de que os preços dos alimentos fossem ceder à pressão de alta causada pelo período de entressafra e de que os dos eletrodomésticos, também registrariam uma queda, como ocorrido no mês de setembro.

O aumento dos preços dos eletrodomésticos, que podem não parar por aí, segundo a Fecomercio, é reflexo de um discreto aumento do crédito, impulsionada pela queda dos juros e alongamento dos prazos de pagamento. Já os alimentos devem voltar a contribuir para a desaceleração da inflação, uma vez que o período de entressafra ficar para trás e os preços forem estabilizados com a expansão da oferta.

Diante desse cenário, a Fecomercio estima uma inflação de cerca de 15% para este ano. No acumulado dos últimos 12 meses, entretanto, a taxa ainda é de 24,78%.