Dentre os índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 09h52.
São Paulo – A inflação oficial do governo, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), anunciado hoje pelo IBGE, apresentou variação de 0,26% em junho, 0,11 ponto percentual abaixo da taxa de 0,37% registrada em maio. Em junho de 2012 a taxa havia ficado em 0,08%.
Considerando os últimos doze meses o índice foi para 6,70%, acima dos 6,50% referentes aos 12 meses imediatamente anteriores e acima do teto da meta, 6,50%. É o maior acumulado desde outubro de 2011 (6,97%). Com o resultado de junho, a variação no ano foi para 3,15%, acima dos 2,32% relativos ao mesmo período de 2012.
No Relatório de Inflação, divulgado na semana passada, o Banco Central reduziu sua projeção para o crescimento econômico em 2013 e elevou a de inflação para o mesmo ano. A projeção para a inflação em 2013 passou de 5,7% para 6%. Nessa semana, a expectativa do mercado, dada pelo Boletim Focus, para o IPCA subiu de 5,86%, em 2013, para 5,87%. A projeção para 2014 subiu de 5,80% para 5,88%.
Grupos
Em junho, o grupo habitação registrou variação mensal de 0,57% e impacto de 0,08 p.p. (veja o desempenho de cada grupo na tabela no final da matéria). Alimentos, remédios e combustíveis tiveram forte influência no movimento descendente do IPCA de junho, segundo o IBGE.
O grupo alimentação e bebidas continuou em desaceleração e registrou o menor resultado desde julho de 2011, quando ocorreu deflação de 0,34%. Apesar de, pela quinta vez consecutiva o grupo ter ficado abaixo do mês anterior, o primeiro semestre fechou em 6,02%, acima dos 3,26% do primeiro de 2012.
Os transportes exerceram forte pressão no índice do mês, segundo o IBGE – o grupo passou da deflação de 0,25% para a alta de 0,14%. No grupo, o item combustível registrou queda de 1,67% e impacto de 0,08 ponto negativo. As tarifas dos ônibus urbanos lideraram os impactos em junho, segundo o IBGE, com 0,07 ponto percentual, tendo alta de 2,61%, enquanto, em maio, haviam caído 0,02%. Houve também pressão das passagens aéreas e das tarifas dos ônibus intermunicipais.
No grupo saúde e cuidados pessoais, a principal influência veio dos remédios. Com preços estáveis em junho, após terem aumentado 1,61% em maio, os remédios, refletindo o reajuste de abril, segundo o IBGE completaram alta de 4,79% no primeiro semestre do ano, acima dos 3,33% do ano anterior.
Dentre os índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (0,65%)
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,28% em junho, abaixo do resultado de 0,35% de maio. Em junho de 2012, o INPC havia ficado em 0,26%. A variação no ano foi de 3,30%, acima da taxa de 2,56% relativa a igual período de 2012. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 6,97%, próximo à taxa dos 6,95% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Veja os resultados do IPCA por grupo e serviços pesquisados:
Grupo | Variação (%) maio | Variação (%) junho | Impacto (p.p.) maio | Impacto (p.p.) junho |
---|---|---|---|---|
Índice geral | 0,37 | 0,26 | 0,37 | 0,26 |
Alimentação e bebidas | 0,31 | 0,04 | 0,08 | 0,01 |
Habitação | 0,75 | 0,57 | 0,11 | 0,08 |
Artigos de residência | 0,46 | 0,12 | 0,02 | 0,01 |
Vestuário | 0,84 | 0,50 | 0,06 | 0,03 |
Transportes | -0,25 | 0,14 | -0,05 | 0,03 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,94 | 0,36 | 0,11 | 0,04 |
Despesas pessoais | 0,41 | 0,40 | 0,04 | 0,04 |
Educação | 0,06 | 0,18 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação | 0,08 | 0,19 | 0,00 | 0,01 |