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Inflação da zona do euro cai e BCE fala em estímulos

Taxa foi de 1,2% no acumulado de 12 meses até maio, uma vez que o aumento dos preços de energia e serviços enfraqueceu

União Europeia: para o Banco Central Europeu, é hora de estimular a economia (Lisi Niesner/File Photo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de junho de 2019 às 08h08.

Última atualização em 18 de junho de 2019 às 08h39.

Bruxelas — A inflação na zona do euro desacelerou a 1,2% em maio sobre o ano anterior, taxa mais baixa em mais de um ano, uma vez que o aumento dos preços de energia e serviços enfraqueceu, informou nesta terça-feira a agência de estatísticas da União Europeia, confirmando seu dado preliminar.

O dado final é uma notícia ruim para o Banco Central Europeu, cuja meta é de inflação abaixo mas próxima de 2% e que prometeu mais ação se não houver aceleração.

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A Eurostat informou que os preços no bloco de 19 países subiram 1,2% na base anual, desacelerando de 1,7% em abril. Foi a taxa mais fraca desde abril de 2018, quando a inflação também foi de 1,2%.

Na base mensal, os preços ficaram quase estáveis, com avanço de 0,1% que ficou abaixo da expectativa do mercado de 0,2%.

A Eurostat confirmou que o núcleo da inflação, que o BCE acompanha para as decisões de política monetária e que exclui os componentes voltáveis de alimentos e energia, foi de 1,0% em maio, sobre 1,4% em abril.

O Banco Central Europeu precisará afrouxar a política monetária de novo, possivelmente através de novos cortes de juros ou compras de ativos, se a inflação não voltar para a sua meta, afirmou nesta terça-feira o presidente do BCE, Mario Draghi.

"Na ausência de melhora, como se o retorno da inflação ao nosso objetivo estiver ameaçado, estímulo adicional será necessário", disse Draghi em conferência anual do BCE em Sintra, Portugal.

"Esse objetivo é simétrico, o que significa que, para entregar esse valor de inflação no médio prazo, a inflação tem que estar acima desse nível em algum momento no futuro."

Ele acrescentou que ainda há "espaço considerável" para mais compras de ativos e que "mais cortes de juros e medidas atenuantes para conter qualquer efeito continuam sendo parte de nossas ferramentas".

"Usaremos toda a flexibilidade dentro de nosso mandato para cumprir nosso mandato --e faremos isso de novo para responder a qualquer desafio à estabilidade de preços no futuro", disse Draghi.

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