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Inflação ainda não tem impacto de suposta melhora da demanda

Segundo o IBGE, impacto realmente sentido decorre da normalização do nível de preços, que estavam muito baixos no ano passado

Consumo: taxa passou de 2,54% em setembro para 2,70% em outubro (Mario Tama/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 14h49.

Rio - A aceleração na taxa de inflação acumulada em 12 meses ainda não tem impacto de uma suposta melhora da demanda, mas sim da normalização do nível de preços, que estavam muito baixos no ano passado, devido à crise econômica, avaliou Fernando Gonçalves, gerente da Coordenação de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses passou de 2,54% em setembro para 2,70% em outubro. "No ano passado a crise estava muito forte. Os preços estão se realinhando, estão voltando ao normal", afirmou Gonçalves.

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Além disso, a contribuição positiva da safra agrícola recorde sobre os preços dos alimentos também está chegando ao fim. O pesquisador, entretanto, acha prematuro afirmar que a previsão de uma safra menor em 2018 possa voltar a pressionar os gastos das famílias com alimentação.

"Essa projeção (para a safra 2018) está menor do que a deste ano, mas foi um prognóstico maior do que dos anos anteriores. Isso agora depende do clima. É uma previsão até otimista, mas depende de como o clima vai se comportar. Pode não ser tão boa como a safra de 2017, mas pode ser uma safra boa", afirmou.

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