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Industriais estão mais otimistas com negócios do que em 2005

Pesquisa da FGV mostra que empresas pretendem contratar e produzir mais nos próximos meses

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

Os industriais estão mais otimistas do que no ano passado, de acordo com sondagem realizada em julho com 513 empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os entrevistados se mostraram mais confiantes em relação à situação dos negócios hoje e nos próximos seis meses, e com isso projetaram aumento da produção e do número de contratações.

Segundo a pesquisa, 24% dos industriais consultados consideram fraco o nível atual da demanda por produtos industriais, contra 12% que o consideram forte. A diferença de 12 pontos percentuais é menor do que a registrada em julho do ano passado, quando os pessimistas mostraram vantagem de 21 pontos. Já o patamar de estoques industriais é visto como insuficiente para 2% dos entrevistados, e como excessivo por 13%. No mesmo período do ano passado, as porcentagens eram de, respectivamente, 1% e 16%.

Considerando a conjuntura da economia, 16% dos entrevistados classificaram como boa a situação atual dos negócios, enquanto 27% das empresas a consideraram fraca. No ano passado, a diferença entre as duas opiniões, também favorável aos que viam o panorama como negativo, era maior: 14 pontos percentuais.

Previsões

A pesquisa mostra ainda que 50% dos entrevistados pretendem ampliar a produção no terceiro trimestre do ano, enquanto apenas 14% afirmam que desacelerarão o ritmo nas fábricas. A intenção de alta é reflexo da expectativa de aumento da demanda por produtos industriais. Para 43% das empresas consultadas, a procura pelos artigos se intensificará em julho, agosto e setembro. Outros 13% projetam redução na demanda.

Os números "corroboram a tendência de reaquecimento da atividade industrial iniciada na virada do ano", de acordo com a FGV. Sinal disso é a previsão dos empresários consultados pela pesquisa a respeito do nível de emprego na indústria: 25% das empresas pretendem contratar empregados entre julho e setembro, enquanto só 8% devem demitir. A vantagem daqueles que vão aumentar o contingente em relação aos que vão diminuir é a maior para o período desde 2004, quando a diferença era de 24 pontos percentuais.

No geral, a expectativa para a situação dos negócios nos próximos seis meses também é melhor do que a registrada em julho de 2005: 54% prevêem melhora na conjuntura, contra 11% que esperam piora. No ano passado, a quantidade dos que projetavam um cenário positivo para o segundo semestre mantinha distância de apenas 26 pontos percentuais na comparação - eram 44%, contra 18% que esperavam deterioração das condições de trabalho.

Os dados da pesquisa foram coletados entre os dias 29 de junho e 10 de julho de 2006.

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