Economia

Indústria paulista pressiona por redução na tarifa de gás

Com a queda do preço do petróleo, há espaço para reduzir em até 23% a tarifa do gás para as empresas e 5% para residências


	Comgás: há espaço para reduzir em até 23% a tarifa do gás para as empresas e 5% para residências
 (Thinkstock)

Comgás: há espaço para reduzir em até 23% a tarifa do gás para as empresas e 5% para residências (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2016 às 12h17.

Brasília - Um ano após o tarifaço de energia, a indústria paulista faz pressão para reduzir o preço do gás natural, um dos maiores insumos do setor.

Com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, calcula-se que há espaço para reduzir em até 23% a tarifa do gás para as empresas e 5% para residências.

A mobilização ocorre um mês antes do reajuste da Comgás, principal distribuidora do Estado, responsável por 177 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista que somam 27% do PIB.

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) questionou oficialmente a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) sobre o reajuste anual da Comgás, que terá validade a partir de 31 de maio.

Há uma preocupação de que a redução do preço seja inferior ao alinhamento dos preços internacionais de petróleo, que servem de base para a tarifa, comprometendo o caixa das indústrias justamente em um momento de recessão e dificuldades de obtenção de crédito.

Se esse cenário não for considerado, a Comgás poderá embolsar R$ 1 bilhão a mais nos próximos 12 meses, de acordo com o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa.

Essa seria a arrecadação da Comgás caso o reajuste considere apenas a variação do preço do petróleo nos últimos dois meses. A Abrace defende, porém, que o processo leve em conta a projeção de comportamento dos preços do petróleo nos próximos 12 meses, que tem um viés de baixa.

As empresas dizem que gastos com energia representam 40% do custo das empresas. De acordo com a Abrace, todo o setor industrial paulista desembolsou R$ 4,9 bilhões em 2015.

No mercado, há uma expectativa de que a Arsesp autorize uma queda de 10% na tarifa do gás em São Paulo. Se isso se confirmar, o preço do insumo continuará superior ao praticado no exterior por mais um ano.

Procurada, a Comgás disse que não se pronuncia sobre o processo de reajuste. A Arsesp informou que não comenta previsões nem faz estimativas sobre reajustes futuros para evitar especulações no mercado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaComgásEmpresasEmpresas inglesasEnergiaGásPetróleoSaneamentoServiçosTarifas

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor