O humor da indústria melhorou do início do ano para abril, segundo a última sondagem conjuntural da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada nesta quarta-feira (12/4). Das 491 empresas consultadas, 54% esperam que seus negócios melhorem nos próximos seis meses, contra 10% que acreditam em deterioração. A diferença - 44 pontos percentuais - é o melhor resultado desde janeiro de 2005 e supera os 30 pontos percentuais de abril do mesmo ano.

Para 56% dos entrevistados, a produção aumentará entre abril e junho, enquanto 13% esperam redução. O saldo - 43 pontos - supera os 41 pontos de abril do ano passado, que é também a média histórica para esse item.

As perspectivas para o emprego também melhoraram, mas em menor intensidade. No trimestre abril-junho, 25% dos entrevistados afirmaram que aumentarão o número de funcionários. Já 17% declararam que cortarão pessoal. O saldo de 8 pontos percentuais é menor que os 14 pontos obtidos em abril de 2005, mas ficou acima da média histórica para o período - 7 pontos.

Presente

A recuperação do otimismo reflete ainda condições melhores de operação da indústria no presente. Dezesseis por cento das empresas informaram que a demanda atual por seus produtos é forte, enquanto 19% a consideraram fraca. O saldo (-3 pontos percentuais) é igual à de abril de 2005 e maior que a média histórica dos últimos dez anos para o mesmo mês (-7 pontos).

O maior nível de atividade trouxe os estoques para patamares considerados insuficientes por 5% dos entrevistados, contra 11% que ainda os classificam como excessivos. O saldo de -6 pontos percentuais é comparável ao da média histórica (-7 pontos), mas superior aos -10 pontos registrados em abril de 2005.