Economia

Indústria de transformação: setor teve melhora, mas 2003 preocupa, diz FGV-RJ

A indústria de transformação brasileira parece estar otimista com o novo governo e já apresenta sinais concretos de melhora nos negócios. De acordo com a Sondagem Conjuntural da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, a avaliação dos negócios pelos executivos apresenta resultado positivo, depois de seis trimestres de resultados negativos. Os números indicam […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h18.

A indústria de transformação brasileira parece estar otimista com o novo governo e já apresenta sinais concretos de melhora nos negócios. De acordo com a Sondagem Conjuntural da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, a avaliação dos negócios pelos executivos apresenta resultado positivo, depois de seis trimestres de resultados negativos. Os números indicam também que, apesar do quadro atual, os empresários acreditam ter pela frente um trimestre com atividade lenta.

Perguntados sobre a atividade de sua indústria (boa ou fraca), 14% dos executivos consideraram boa a situação e 11%, fraca. É este saldo (número de respostas boa menos número de respostas fraca) que a FGV considera positivo (em três pontos percentuais). Em outubro no ano passado, o saldo havia sido de -4 pontos e em janeiro de 2002, -5 pontos percentuais.

A FGV cita como o principal fator de melhora a diminuição dos estoques das indústrias. O saldo das respostas dos executivos (insuficientes menos excessivo), é de -3 pontos percentuais, o resultado mais próximo de zero desde 1995. Outro dado que ajuda a melhorar o quadro é o nível de utilização da capacidade instalada, que está em 80,8%. Este grau de ocupação é 1,3% superior ao registrado em janeiro de 2002. Supera também, por 0,7 ponto percentual, o dado de outubro. Descontando os efeitos da sazonalidade, de lá para cá houve crescimento ainda maior, de 2,5%.

O principal responsável pelo avanço no uso da capacidade instalada é o setor de bens de capital, que atualmente opera a uma taxa de 77,3%. Dos 122 fabricantes de bens de capital consultados, 62% informaram que reduziram estoques e voltaram a operar com o mesmo nível de seis trimestres atrás.

Tendências

Para o trimestre que acaba em março, as empresas prevêem queda tanto para a demanda quanto para a produção. Embora saldos negativos nos primeiro trimestre do ano sejam comuns, esta redução, se ocorrer, será a primeira desde 2000. Para a demanda, o saldo das respostas (aumento menos diminuição) é de -13 pontos percentuais para a demanda e -9 para a produção. A queda da demanda está sendo esperada exclusivamente no mercado interno. Para a demanda externa, o saldo é positivo em 12 pontos.

A Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação é um levantamento estatístico de natureza qualitativa e fornece trimestralmente indicações sobre o estado geral da economia e suas tendências. Na pesquisa de janeiro, foram consultadas 1 148 empresas que somam mais de 230 bilhões de reais em vendas - dos quais 22% para exportação - e emprega cerca de 950 mil pessoas (os valores são de 2001).

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