Economia

Indústria da construção tem melhor fevereiro em dez anos

Apesar da melhoria, o indicador continuou abaixo a linha de 50 pontos, que indica queda na atividade. Segundo a CNI, a queda na atividade é normal para o período

Construção civil: apesar do desempenho favorável, expectativas recuam (Eduardo Frazão/Exame)

Construção civil: apesar do desempenho favorável, expectativas recuam (Eduardo Frazão/Exame)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de março de 2022 às 18h53.

Ainda sob o fôlego da recuperação da economia, a indústria da construção registrou o melhor fevereiro em dez anos, divulgou hoje (21) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mês passado, o indicador de atividade do setor ficou em 48,2 pontos, o maior nível para o mês desde 2012, quando estava em 49,4 pontos.

Apesar da melhoria, o indicador continuou abaixo a linha de 50 pontos, que indica queda na atividade. Segundo a CNI, a queda na atividade é normal para o período.

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Em relação ao índice que mede o emprego da indústria da construção, o indicador ficou em 49,2 pontos. Mesmo abaixo do ponto que indica crescimento, o indicador também está no melhor nível para fevereiro desde 2012. Em relação à intenção de investimentos, o índice subiu 1 ponto, para 44,6 pontos, e está no nível mais alto para meses de fevereiro desde 2014.

Segundo a CNI, a queda da atividade e das contratações em relação a janeiro faz parte do esperado para fevereiro. No entanto, a aproximação dos índices do nível de 50 pontos indica uma queda menos disseminada e menos intensa. A utilização da capacidade operacional atingiu 65% no mês passado, o que, segundo a entidade, indica um nível historicamente alto.

Apesar do bom desempenho em fevereiro, as expectativas dos empresários da indústria da construção começaram a sentir os efeitos da inflação e da instabilidade na economia mundial. O Índice de Confiança do Empresário (Icei) da indústria de construção caiu 1,3 ponto, para 55,3 pontos. Por estar acima da linha de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, o índice indica que os empresários da construção ainda estão confiantes, embora o otimismo tenha recuado um pouco.

Foram entrevistadas 395 empresas para a Sondagem Indústria da Construção entre 3 e 11 de março. Desse total, 143 são de pequeno porte, 172 de médio porte e 80 de grande porte.

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