Dinheiro: fatores internos e externos fizeram índice subir nos últimos anos (Rmcarvalho/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 10h53.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 10h55.
São Paulo — O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 2,2 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, alcançando 115,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador persiste na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos).
"Desde julho de 2015 que o Indicador de Incerteza da FGV vem se mantendo acima do elevado patamar de 110 pontos, com uma média de 115 pontos", diz a nota divulgada nesta sexta-feira, 28, pela FGV.
Nos últimos anos, "fatores relacionados ao ambiente interno sustentaram os níveis elevados de incerteza", afirmam os pesquisadores da FGV. Nos últimos três meses, porém, a incerteza tem se mantido elevada por conta de fatores externos.
"Primeiro, a guerra comercial EUA-China, depois o conflito EUA x Irã e, em fevereiro, a epidemia de coronavírus, com seus possíveis impactos sobre o desempenho da economia mundial em 2020", diz a nota.
O IIE-Br contém dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Em fevereiro, os dois componentes caminharam no mesmo sentido. O componente de mídia subiu 1,4 ponto, para 113,0 pontos, contribuindo em 1,2 ponto para o comportamento do índice geral no mês. Já o componente de Expectativa subiu 4,8 pontos, para 117,3 pontos, contribuindo em 1,0 ponto para a alta da incerteza.
A coleta do Indicador de IIE-Br é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 24 do mês de referência.