Economia

Indicado ao BC do Japão, Kuroda mostra ideias agressivas

Kuroda esboçou prescrições políticas fortes nesta segunda-feira para finalmente acabar com a deflação

Haruhiko Kuroda disse aos parlamentares que as atuais políticas do BC não são fortes o suficiente para puxar a inflação para 2 por cento (Issei Kato/Reuters)

Haruhiko Kuroda disse aos parlamentares que as atuais políticas do BC não são fortes o suficiente para puxar a inflação para 2 por cento (Issei Kato/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 09h57.

Tóqui - O indicado do governo japonês para ser o próximo presidente do banco central do país esboçou prescrições políticas fortes nesta segunda-feira para finalmente acabar com a deflação, dizendo que ele não irá definir qualquer limite para a quantidade de dinheiro que o Banco do Japão injeta na economia.

Destacando expectativas de que ele será um presidente agressivo, Haruhiko Kuroda disse aos parlamentares que as atuais políticas do BC não são fortes o suficiente para puxar a inflação para 2 por cento, uma meta que ele disse que o banco central deve se esforçar para alcançar em dois anos.

Kuroda sugeriu que o caminho mais natural para aumentar o estímulo do banco central para a economia é por meio de enormes compras de títulos do governo de longo prazo. O BC também deve considerar iniciar mais cedo suas compras indeterminadas de ativos, em vez de esperar até a data de início prevista de 2014.

"Seria natural que o BC comprasse títulos de longo prazo do governo em grandes quantidades", disse Kuroda em uma audiência de confirmação na Câmara dos Deputados. "Mas o banco central também precisa examinar a evolução do mercado no momento, bem como as potenciais desvantagens." O primeiro-ministro Shinzo Abe indico Kuroda, presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento, para ser o novo presidente do BC, numa tentativa de deixar os esforços do banco central mais ousados a fim de acabar com quase duas décadas de deflação debilitante e reviver as boas fases de uma economia presa na quarta recessão desde 2000.

Sua nomeação está prevista para ser aprovada pelo Parlamento, pois os partidos da oposição, cujo apoio seria necessário no Senado, têm sinalizado que irão apoiá-lo.

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