Economia

Índia determina meta de inflação em nova política monetária

Medida é a mais significativa na política monetária desde que a Índia abriu sua economia há mais de duas décadas


	Indiano exibe cédulas de rupia: a Índia tem sofrido com uma volatilidade quase crônica da inflação
 (Dibyangshu Sarkar/AFP)

Indiano exibe cédulas de rupia: a Índia tem sofrido com uma volatilidade quase crônica da inflação (Dibyangshu Sarkar/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 12h40.

Mumbai/Nova Délhi - A Índia adotou formalmente a meta de inflação, numa reforma de política monetária histórica que marca uma vitória para o presidente do banco central do país, Raguram Rajan, no momento em que o governo torna a contenção de preços voláteis uma prioridade.

Num documento datado de 20 de fevereiro mas publicado no site do ministério nesta segunda-feira, o governo e o banco central concordaram em definir uma meta de inflação ao consumidor de 4 por cento, com faixa de tolerância de 2 pontos para mais ou menos, para o ano financeiro encerrado em março de 2017.

Rajan, um acadêmico e ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional que assumiu o banco central indiano em 2013, tem defendido a mudança para metas de inflação, cada vez mais popular entre mercados emergentes que tipicamente encontram dificuldades para conter as altas de preços.

O documento mostra que a medida --a mais significativa na política monetária desde que a Índia abriu sua economia há mais de duas décadas-- teve o suporte do governo do primeiro-ministro, Narendra Modi.

"A estrutura de política monetária é clara: o objetivo é conter a inflação", disse a repórteres o secretário de Finanças, Rajiv Mehrishi.

A Índia tem sofrido com uma volatilidade quase crônica da inflação, devido em parte à sua dependência de importações de energia e ao impacto incerto das chuvas de monções sobre seu grande setor agrícola, além das dificuldades de transportar alimentos ao mercado diante da qualidade ruim das estradas e infraestrutura.

Acompanhe tudo sobre:Ásiagestao-de-negociosÍndiaInflaçãoMetasPaíses emergentesPolítica monetáriareformas

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Banco Central aprimora regras de segurança do Pix; veja o que muda

Mais na Exame