Importados ganham espaço na economia
Participação de produtos importados no consumo industrial aumentou no terceiro trimestre de 2013
Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2013 às 08h28.
Brasília - Apesar da alta do dólar nos últimos meses, a participação de produtos importados no consumo industrial aumentou no terceiro trimestre de 2013, alcançando a marca histórica de 21,8%, um novo recorde. As informações fazem parte do estudo "Coeficientes de Abertura Comercial", divulgado ontem (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No segundo trimestre, os importados tinham presença de 21,1% no consumo industrial. No primeiro trimestre deste ano, o índice era de 21,0%.
"A elevação do indicador é observada por 14 trimestres consecutivos e é explicada, principalmente, por dificuldades do lado da oferta, com a perda de competitividade da indústria", cita o estudo. As altas são sucessivas desde o início de 2010, quando o aprofundamento da crise financeira internacional reduziu a demanda por produtos manufaturados e multinacionais desviaram seus bens, mais baratos, para mercados emergentes em expansão, como o Brasil.
O trabalho é elaborado em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). Para a CNI, o crescimento da presença de produtos ou insumos estrangeiros no mercado é reflexo direto da perda de competitividade da indústria brasileira. Desde a eclosão da crise, em 2008, o governo adota medidas para aumentar a capacidade de competição da indústria, com a redução de tributos, por exemplo. As políticas, no entanto, não foram suficientes para impulsionar a produção industrial ou as exportações nacionais de manufaturados até o momento.
Mais afetados
Os setores da indústria de transformação com maior alta do coeficiente de importação neste último trimestre foram os de produtos farmacêuticos, derivados do petróleo, máquinas e materiais elétricos e informática, eletrônicos e ópticos. No setor farmacêutico, por exemplo, o coeficiente saltou de 19,8% para 21,1% do segundo para o terceiro trimestre.
Na indústria extrativa, o coeficiente de penetração dos importados foi de 53,4% no terceiro trimestre de 2013. No segundo trimestre, o índice era de 51,9%, e de 52,4% no primeiro trimestre do ano.
Exportações
O coeficiente de exportação a preços correntes, que aponta o porcentual de participação das vendas externas no faturamento da indústria, ficou em 19,2% no terceiro trimestre, índice idêntico ao do segundo trimestre. No primeiro trimestre do ano, o patamar era de 19,5%.
"Na indústria extrativa, a trajetória de redução do indicador observada desde o segundo trimestre de 2012 é explicada, principalmente, pelo setor de extração de petróleo", afirma o estudo.
Isoladamente, o coeficiente de exportação alcançou 67,3% na indústria extrativa no terceiro trimestre. Na indústria de transformação, o índice foi de 15,7% no período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
Brasília - Apesar da alta do dólar nos últimos meses, a participação de produtos importados no consumo industrial aumentou no terceiro trimestre de 2013, alcançando a marca histórica de 21,8%, um novo recorde. As informações fazem parte do estudo "Coeficientes de Abertura Comercial", divulgado ontem (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No segundo trimestre, os importados tinham presença de 21,1% no consumo industrial. No primeiro trimestre deste ano, o índice era de 21,0%.
"A elevação do indicador é observada por 14 trimestres consecutivos e é explicada, principalmente, por dificuldades do lado da oferta, com a perda de competitividade da indústria", cita o estudo. As altas são sucessivas desde o início de 2010, quando o aprofundamento da crise financeira internacional reduziu a demanda por produtos manufaturados e multinacionais desviaram seus bens, mais baratos, para mercados emergentes em expansão, como o Brasil.
O trabalho é elaborado em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). Para a CNI, o crescimento da presença de produtos ou insumos estrangeiros no mercado é reflexo direto da perda de competitividade da indústria brasileira. Desde a eclosão da crise, em 2008, o governo adota medidas para aumentar a capacidade de competição da indústria, com a redução de tributos, por exemplo. As políticas, no entanto, não foram suficientes para impulsionar a produção industrial ou as exportações nacionais de manufaturados até o momento.
Mais afetados
Os setores da indústria de transformação com maior alta do coeficiente de importação neste último trimestre foram os de produtos farmacêuticos, derivados do petróleo, máquinas e materiais elétricos e informática, eletrônicos e ópticos. No setor farmacêutico, por exemplo, o coeficiente saltou de 19,8% para 21,1% do segundo para o terceiro trimestre.
Na indústria extrativa, o coeficiente de penetração dos importados foi de 53,4% no terceiro trimestre de 2013. No segundo trimestre, o índice era de 51,9%, e de 52,4% no primeiro trimestre do ano.
Exportações
O coeficiente de exportação a preços correntes, que aponta o porcentual de participação das vendas externas no faturamento da indústria, ficou em 19,2% no terceiro trimestre, índice idêntico ao do segundo trimestre. No primeiro trimestre do ano, o patamar era de 19,5%.
"Na indústria extrativa, a trajetória de redução do indicador observada desde o segundo trimestre de 2012 é explicada, principalmente, pelo setor de extração de petróleo", afirma o estudo.
Isoladamente, o coeficiente de exportação alcançou 67,3% na indústria extrativa no terceiro trimestre. Na indústria de transformação, o índice foi de 15,7% no período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .