IGP-M tem alta de 2,53% em fevereiro e acumula alta de 28,94% em 12 meses
O Índice Geral de Preços-Mercado foi pressionado pela alta das matérias-primas brutas no atacado
Reuters
Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 08h36.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2021 às 08h38.
O Índice Geral de Preços-Mercado ( IGP-M ) registrou alta de 2,53% em fevereiro, de 2,58% no mês anterior, sob pressão das matérias-primas brutas no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de um avanço de 2,38%, e com isso o índice acumula em 12 meses alta de 28,94%.
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, passou a subir 3,28%, ante alta de 3,38% no mês anterior.
"Apesar da similaridade, o resultado mostrou que a pressão exercida pelas matérias-primas brutas se espalhou pelas demais classes do IPA favorecendo, o acréscimo das taxas dos grupos bens intermediários (...) e bens finais (...)", disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços
O grupo Matérias-Primas Brutas teve alta de 3,72% em fevereiro, após subir 5,86% na leitura anterior.
Os Bens Intermediários ampliaram sua alta de 2,54% para 4,67% este mês, enquanto os Bens Finais aceleraram os ganhos de 1,09% para 1,25%. A taxa do primeiro grupo foi influenciada por materiais e componentes para a manufatura, e a do segundo pelo aumento da gasolina, segundo Braz.
Para o consumidor, a alta dos preços ficou menos intensa, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, desacelerou a alta a 0,35% no mês, de 0,41% em janeiro.
Os preços de Alimentação foram os principais responsáveis por esse resultado, uma vez que desaceleraram sua alta de 1,52% para 0,18% em fevereiro, refletindo decrécimo na taxa de variação das hortaliças e legumes (7,64% para -1,77%).
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, subiu 1,07% em fevereiro, de uma alta de 0,93% no primeiro mês do ano.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.